O Mistério dos Salmos

Data: quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

[Página inicial] [Índice]


Uma das coisas estranhas, que é comum a quase todas as religiões, é o culto a Deus.
Em todos os cantos da terra, os fiéis se congregam para louvar e agradecer.
Cânticos, ladainhas, incenso e preces – são manifestações que agitam milhões de pessoas.
No tempo em que eu trabalhava, como chefe de escritório, um dos meus auxiliares vivia com sono.
Certa vez, eu o interpelei sobre as razões deste fato, e ele me esclareceu:
- É que eu reservo três madrugadas, por semana, para louvar a Deus. Até clarear o dia fico rezando.
Respeitei a conduta do funcionário, mas aquilo ficou repercutindo em minhas cogitações:
- Será que Deus precisa ou deseja tantos louvores?
O Criador todo poderoso, Senhor dos Céus e dos planetas estará carente das nossas migalhas de afeto?
Particularmente acredito que não.
Falando pela mediunidade do profeta Isaias, Deus se manifestou contrariado com a louvação dos seus adoradores.
"As vossas luas novas e as vossas solenidades, a minha alma as aborrece;
(...) Estou cansado de as sofrer.
Por isso, quando estendeis as vossas mãos, escondo de vós os meus olhos.
Quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão tintas de sangue"
.
Isaias, 1 vv 14 e 15.
Vejam só, meus amigos: o próprio Deus se rebelando contra a multiplicidade das homenagens humanas.
Isto nos força pensar.
Algo muito preocupante está deturpando nossas relações com o Divino Espírito.
Talvez estejamos esquecendo de “lavar” as nossas mãos.
Os conterrâneos de Isaias tinham as mãos “tintas de sangue”, como expressa o texto.
Vale a pena pensarmos: Será que o Pai Celestial está satisfeito com o nosso louvor?
Como estarão nossas mãos?
Vejam vocês que os pés nos conduzem, para lá e para cá, mas são as mãos que executam nossas decisões, para o bem e para o mal.
Para socorrer ou para violentar nós usamos os dedos abertos ou fechados.
Para afagar ou esbofetear nós usamos idêntica energia, a mesma energia que nos foi emprestada por Deus.
A saúde é um prêmio que nós reivindicamos, todos os dias, em nossas preces de agradecimento.
Será que nós, em contrapartida, temos utilizado esta saúde para abençoar e servir?
Fica no ar a nossa pergunta.
Os judeus do tempo de Isaias mancharam suas mãos com sangue...
...E Jeová rejeitou suas oferendas e suas preces.
Jeová desviou seus olhos daquela gente.
Quando alguém consegue harmonia com Deus e a natureza, a saúde perfeita e a paz são conquistadas.
A doença é um sinal de que algo está errado...
... É uma campainha soando alto...
...É um brado de alerta.
O Pai Celestial não está satisfeito com a forma do nosso relacionamento com Ele e com a natureza.
Enquanto persistirmos no erro, continuaremos vítimas do desequilíbrio.
Teremos que localizar a corda desafinada do nosso violino, antes de agradecer e louvar.
“Se no momento em que entregares tua oferta, lembrares que teu irmão tem algo contra ti,(...) vai primeiro reconciliar-te com teu irmão.
Depois volta e faze a tua oferta”
.
Mateus, 5 v 23.
Quando o Criador disse ao Homem-do-Sexto-Dia:
“(..) enchei a Terra e dominai sobre ela”, ele não quis autorizar que escravizássemos a natureza.
Manter uma relação harmônica – esta foi a ordem.
Francisco de Assis exemplificou, na sua vida, esta integração.
Ele demonstrou o parentesco universal que existe entre todos os seres animados e inanimados.
Francisco falava com os animais e as feras.
A irmã Lua e o irmão Sol mereceram página de exaltação cantada pelo Menestrel de Assis.
A vibração da alma sintonizada nesta freqüência produz uma onda simpática.
O ser humano se torna um elo desta corrente cósmica.
Toda a natureza se coloca espontaneamente ao serviço daqueles que a respeitam.
“Quem sabe se o espírito dos animais descerá?”, pergunta Salomão, em Eclesiastes, 3 v 21.
Isto demonstra que a polêmica vai longe.
Algo existe, no interior dos próprios animais, que os entrelaçam na família cósmica.
São nossos irmãos menores e merecem respeito.
Nós temos que respeitar todas as coisas.
Dentro da chapa metálica, elétrons e prótons dançam.
Deus se encontra também ali, porque Deus está em toda a parte.
Nada existe no universo que não seja dinâmico...
...que expresse vida.
Não podemos adorar o Criador, sem reverência e respeito ao mundo criado por Ele.
Os grandes magos são frutos desta sintonia.
A natureza abre seus arcanos para quem demonstra amizade.
Ela coloca suas forças ao serviço de quem a hospeda, em seu coração.
Exemplo deste entrosamento, nós temos no II Livro de Reis:
Leproso, o general Naamã procurou Eliseu.
- “Vai”, lhe disse Eliseu. “Lava-te sete vezes no Jordão (...) e ficarás limpo”.
II Reis, 5 v 10.
Contrariado, o poderoso guerreiro mergulhou no rio, conforme a ordem do profeta, e ficou completamente curado.
Eliseu era amigo da natureza...
...e a natureza retribuía seu devotamento.
Aliás, em termos de entrosamento com a natureza, mais uma vez “tiramos o chapéu” para nosso Mestre.
“Eis que sobreveio uma grande tempestade e o barco era varrido pelas ondas.
Ergueu-se Jesus, repreendeu os ventos e o mar, e a bonança se fez”
.
Mateus, 8 vv 24 a 26.
Maravilharam-se todos, ao redor do Mestre, balbuciando:
“Quem será este que até os ventos e o mar obedecem?”
Mateus, 8 v 27.
O ser humano, com todo seu verniz de intelectualidade, ainda não compreendeu as vantagens da cooperação da natureza.
Aliás, para ele, a natureza é aquilo que ele alcança com seus cinco sentidos.
Tudo aquilo que está além ele credita ao “sobrenatural”...
E coloca no arquivo na pasta das coisas impossíveis.
Ora, meus amigos, se alguém procura viver em paz com o mundo de Deus, o mundo de Deus retribui.
Aqui atingimos o ponto crucial da nossa exposição.
Fica claro que Deus não necessita das nossas louvações interesseiras.
Deus certamente não gosta de puxa-sacos.
"Nem todo o que diz - Senhor, Senhor - entrará no reino dos Céus, mas tão somente aquele que cumpre a vontade do Pai(...)”.
Palavras de Jesus, em Mateus, 7 v 21.
Mas então topamos com uma dificuldade.
A Bíblia inteira está repleta de louvações.
Os salmos são cânticos de louvor e de agradecimento ao Senhor Deus.
Como vamos explicar?
Só existe uma explicação:
O Pai Celestial incentiva estes cânticos de louvor, por que eles são necessários para nosso crescimento espiritual.
Deus não precisa destes louvores.
A carência é coisa nossa para criar uma virtude preciosa que se chama gratidão.
Esta é a grande verdade.
Quando louvamos a Deus, exercitamos o nosso crescimento como seres humanos.
Quando balbuciamos a frase – muito obrigado – mergulhamos numa atmosfera mágica de simpatia universal.
A gratidão é um dos pilares que sustentam toda nossa estrutura.
Quem é ingrato jamais será feliz.
Eu vejo pessoas reclamando de seus empregos.
Eles esquecem milhares de patrícios, que ficariam felizes ocupando seus lugares.
- Pão só com manteiga? nãããOOO! Eu quero queijo e presunto, exclama o garoto, batendo na mesa, com raiva.
Se fosse grato, ele não procederia daquela forma.
Ele agradeceria a Deus por aquele presente, lembrando que milhões não têm sequer aquele pedaço de pão.
Fique claro, portanto.
Deus incentiva os louvores a ele, para, indiretamente, nos ensinar uma grande lição...
...para nos ensinar a sermos gratos.
Agradecer a vida...
Agradecer a saúde...
Agradecer a casa onde moramos...
Agradecer a luz do sol...
Agradecer a bênção da família e o presente do amor!
Existe uma religião de origem oriental, que sugere a gratidão como fundamento de todas as relações humanas.
A todo o instante, seus membros repetem:
- Muito obrigado... Muito obrigado...Muito obrigado!
Quem agradece não pode estar descontente, não pode estar infeliz.
Quem agradece abre o coração para uma experiência profunda e gratificante.
Quem agradece está semeando flores no jardim da alma.

Guiados por Salim Gabirol, Elik e Nagib viajavam pelas montanhas da Líbia, envolvidos numa grande aventura.
Ao entardecer de uma segunda-feira, uma fera emergiu do bosque, e avançou em direção a Nagib.
Elik, rápido, muniu-se de um galho, e deteve a fera.
Com risco da própria vida, Elik permaneceu a poucos passos do animal, munido apenas daquele escudo frágil.
Urrando, a fera ergueu-se nas patas traseiras, demonstrando propósito de saltar sobre o desafiante.
Elik manteve-se firme, protegendo-se atrás do precário escudo.
Elik não arredou pé!
A fera desceu dos cascos, rugiu mais algumas vezes, e, finalmente, recuou para a segurança da selva.
Os dois amigos se abraçaram, emocionados.
No dia seguinte, antes de partir, Nagib gravou na pedra escarpada:
Neste lugar, com risco da própria vida, Elik salvou Nagib. Que Alá possa abençoá-lo para sempre.
A viagem continuou sem outros registros, até que um dia os dois amigos se desentenderam.
Sangue quente, Elik agrediu Nagib, dando-lhe uma bofetada no rosto.
Naquela mesma tarde, Nagib escreveu nas areias quentes do deserto:
- Neste lugar, por motivos fúteis, Elik agrediu Nagib.
O guia Salim Gabirol manifestou sua estranheza:
- Não compreendi. Há poucos dias, Elik te fez um bem, e gravaste tua gratidão na pedra. Agora, Elik te fez um mal e escreveste na areia. Por que?
Nagib demorou algum tempo para responder.
Seus olhos serenos, desprovidos de mágoa, se derramavam pela vastidão maravilhosa da cordilheira líbica.
Depois deste intervalo, Nagib explicou:
- O mal que Elik me fez, eu quero esquecer antes que anoiteça. Por isso escrevi na areia que o vento levará.
O bem que Elik me fez, todavia, eu quero guardar por toda a eternidade.
Eis a razão que gravei na pedra a notícia do seu gesto heróico.

Este é o tipo de gratidão que o cristianismo ensina.
Gratidão pelo irmão sol...pela irmã lua...pelo irmão fogo!
É o modelo cristão de viver, ensinado por Jesus.
Gratidão por todas as coisas que passam pelas nossas mãos, durante todos os anos das nossas vidas.
Quem sabe agradecer não joga pedras.
Quem agradece não agride.
Quem agradece mostra que se encontra de bem com a vida.
O homem primitivo vivia de rastros, no fundo de cavernas escuras, com medo das sombras e das feras.
De repente, alguém do grupo deixou escapar duas palavrinhas:
- Muito obrigado.
A magia daquela manifestação abriu sorrisos na comunidade.
Todos compreenderam que estavam integrados.
A noção de família nasceu daquele agradecimento espontâneo.
No mesmo instante, a filosofia do grupo mudou completamente.
Foi naquele momento que o ser humano aprendeu a andar de pé.
O ser humano ergueu-se ao encontro da luz.
Na cartilha do amor, o homem aprendera sua primeira lição.
Os quase primatas descobriram uma senha que os identificava e unia.
Da gratidão expressa naquelas palavrinhas singelas nasceram e se consolidaram as primeiras famílias...
Com as famílias formaram-se as tribos...
E a força da união banira o medo da escuridão e das feras.
O homem primitivo começou a ser alguém, no momento preciso em que aprendeu a agradecer.
Os elos da grande corrente se formaram naquele instante.
Raciocinem comigo, por favor.
No exato momento em que eu lhe digo obrigado, eu reconheço a abertura entre nós de uma dívida.
Eu fico lhe devendo algo.
Contrato implícito se estabelece entre nós.
Mesmo que você nada me cobre, o selo da gratidão permanece colado como penhor de amizade.
Todos os relacionamentos são decalcados deste troca-troca.
A permuta de socorro não pode ter fim.
Hoje eu fico em dívida com você.
Amanhã você fica me devendo.
Favores recebidos há mais de quarenta anos eu mantenho como algo positivo nos escaninhos da minha memória
Jesus chegou, e fez crescer a estrada sem fim.
Ele perguntou: “Se emprestais àqueles de quem esperais receber, qual é a vossa recompensa? Também os pecadores emprestam aos pecadores para receberem outro tanto”.
Palavras de Jesus, em Lucas, 6 v 34.
Com estas palavras, o Mestre sugeriu que o troca-troca atingisse também os nossos inimigos.
“Amai aos vossos inimigos, fazei bem a eles, e emprestai sem esperar recompensa”.
Lucas, 6 v 35.
Vocês já imaginaram alguém que não gosta de nós, de repente nos dizer muito obrigado?
No momento que a frase mágica tenha sido proferida, imediatamente a inimizade se desfará.
Aquela criatura não pode continuar me detestando, depois de ter manifestado sua gratidão.
A estratégia do cristianismo é exatamente esta:
Matar o mal com a força do bem.
O mais perverso dos nossos detratores não resistirá por certo ao fascínio de uma demonstração de boa vontade.
A generosidade é uma fonte eternamente aberta no jardim do Criador Eterno.
Mahatma Gandhi costumava cantarolar versos do poeta Shamal Bhat, sobre a generosidade:

“Por um copo de água, oferece uma refeição abundante;
Por um aceno de cabeça, inclina-te profundamente.
Por um punhado de ervas entrega uma moeda de ouro.
Por aquele que te salva a vida, não te negues a entregar a tua.
Por um benefício – devolve dez ao benfeitor...
Pagar o mal com o bem...
...em espírito...
...em palavras...
...e em ações...
É a mesma coisa que conquistar o mundo!”

Estas palavras do poeta refletem a mesma doutrina generosa de Jesus:
“Ao que demandar tua túnica, entrega-lhe também a capa.
Se fores compelido a caminhar um quilômetro, caminha com ele mais um”
.
Recomendações de Jesus, em Mateus, 6 vv 40 e 41.
Será difícil alguém resistir ao poder de tanto desprendimento.
Exceder a expectativa.
Ser generoso além da conta.
Demonstrar que não cumpre a tarefa por medo, mas sim pelo prazer de servir.
Com certeza, a força desta generosidade terminará explodindo o coração de pedra do mais perverso dos adversários.
Tais palavras devem soar estranhas para muita gente, que freqüenta igrejas e se diz cristã.
Que ninguém esqueça, porém, que a essência da doutrina de Jesus é exatamente esta:
“Ouvistes o que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que sejais filhos do vosso Pai Celestial”.
Mateus, 5 vv 43 a 45.
Não adianta questionarmos a realidade dos fatos.
As palavras do Mestre não deixam dúvidas.
Se realmente desejamos que o nosso oponente recolha as armas, e nos diga obrigado, teremos que usar a receita do Cristo.
A incrível façanha de um inimigo manifestando gratidão nós só alcançaremos pela força deste amor sem limites.
A história que eu vou contar, embora incrível, é verdadeira em todos os seu detalhes.
Temos a prova disto, em nossos arquivos.

Alistair Gellatly conduzia um safári, que realizava uma pescaria, nas fronteiras de Zâmbia e Zambábue.
Isto aconteceu no mês de abril de 1994.
O grupo se encontrava numa canoa sobre as águas do rio Zambeze.
De repente, aconteceu o desastre.
Um hipopótamo de duas toneladas mordeu o barco de fibra de vidro ferindo todos os seus ocupantes.
Os pescadores ingleses foram tragados pelas águas.
Alistair teve que nadar pela correnteza, em busca de socorro.
Para agravar a situação, um crocodilo abocanhou o seu braço.
Alistair resistiu o quanto pode, mas sentiu que a fera o estava
arrastando, inexoravelmente, para as profundezas do rio.
Ali, ele não teria salvação.
Foi nesta altura, que uma idéia lhe ocorreu.
Introduziu sua mão na garganta do crocodilo, e agarrou com violência o que encontrou.
Forçado pela dor, o bicho abriu a boca, e Alistair conseguiu retirar o braço.
Nadou desesperado ao encontro da margem.
Foi então que percebeu que a noite chegara.
Durante a noite, as feras deixam suas tocas, para caçar.
Alistair sangrava, e o sangue era uma atração irresistível para todos os predadores.
De longe, o cheiro do sangue poderia atrair hienas sedentas.
Da floresta, em torno, chegavam uivos, mostrando a proximidade do perigo.
Alistair sentiu todo o peso da fatalidade.
Somente um milagre poderia salvá-lo.
Tombou, exausto, manchando a relva de vermelho.
Foi quando viu chifres enormes, movendo-se além da copa dos arbustos.
Alistair gelou: Tratava-se de um búfalo africano.
"Um macho solitário desta espécie é um dos animais mais temidos da África”.
"O mundo dos safáris estava cheio de histórias de caçadores pisoteados até a morte, por eles”.
Alistair entregou-se passivamente ao desfecho previsível.
Não conseguiria correr.
Não enxergava maneira de escapar.
O mais certo seria esperar a morte com dignidade.
"A uns dez metros de distância, o animal parou, e olhou para Alistair.
Então dobrou as pernas da frente, com cuidado, e, emitindo um grunhido, arriou o corpo imenso, sobre a relva.
Perplexo, Alistair viu o búfalo ruminando tranqüilo, vigiando a perigosa colina, de onde chegavam os uivos ameaçadores.
Então, uma idéia absurda se corporificou na mente do guia de safáris:
- Aquele búfalo estava ali para protegê-lo! Só podia ser.
Foi tão forte a certeza e a confiança, que Alistair pegou no sono... e dormiu, sem medo”.
Acordou, sobressaltado, com o búfalo se erguendo, ruidosamente, e seguindo ao encontro da colina.
Alistair estava salvo.
O sol nascia.
A noite perigosa se fora.
"Estreitando os olhos à luz brilhante do rio, Alistair contou as quatro figuras perdidas na névoa da manhã.
É um milagre, pensou, mas estamos todos vivos".
O guia de Safáris jamais esqueceu o guardião silencioso daquela terrível noite.

Explicar não podia.
A verdade, porém, não poderia ser negada.
Ele fora salvo por Deus, através aquele animal.
Cada vez que fala nele, Alistair Gellatly se enternece, vertendo lágrimas de gratidão...
O fato, meus amigos, é que todos somos devedores na esteira infinita de nossas vidas.
Toda a natureza é o manto do Senhor Deus.
Os bichos, as flores, as árvores...
Todos nós nascemos para o serviço do Pai Celestial.
Se houver disposição fraterna, este conjunto imenso abrirá suas portas e os grandes segredos do Universo serão revelados.
O certo será manter esta integração mágica com o Divino, através do nosso fervoroso agradecimento.
A fera que salvou Alistair era um elo desta corrente.
Se nos mantivermos em harmonia, sintonizados nesta egrégora, por certo seremos beneficiados por ela.
O Criador está presente em todas as criaturas...
Deus age no sopro do vento..
O Espírito Divino se espalha nas águas...
Os olhos do Senhor enxergam na escuridão dos abismos...
O Pai Celestial tem o remédio certo para todos nós...
Vale a pena repetirmos sempre:
- Muito obrigado, meu Deus.
Louvado seja Deus.


[Página inicial] [Índice] [Topo]