O sexo no homem e no anjo

Data: sexta-feira, 17 de junho de 2005

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O "Dia dos Namorados" ocorre no mês de junho.
É oportuno, portanto, este nosso tema.
Aproveitamos a coincidência para tratarmos do assunto.
O tema com certeza despertará interesse, uma vez que a sexualidade nunca foi tão discutida como agora.
Datas importantes devem ser utilizadas para definir princípios.
E a Bíblia é o lugar certo para estudá-los.
E nas primeiras páginas da Bíblia nós já encontramos controvérsias.
No sexto dia "criou Deus o homem (...) varão e mulher os criou". Gênesis, 1 v 27.
Percebam que o masculino e o feminino foram criados no sexto dia. Isto revela que Adão não é o primeiro homem, pois a sua Eva chegou posteriormente.
O Gênesis fala que Adão já existia e Eva ainda não tinha chegado.
Portanto, aquele Homem-do-Sexto-Dia não é Adão.
Sua mulher foi criada na mesma hora, juntamente com ele.
Este é um detalhe importante, quando os teólogos apontam Adão e Eva como primeiro casal.
Naquela caverna da Terra inóspita – uma dupla realizava o enlace.
No Éden paradisíaco, ao contrário, a solidão do homem só é preenchida posteriormente.
Este é um aspecto importante em nossas considerações.
Eu não entendo a teimosia dos catedráticos quando defendem a tese de que Adão foi a primeira criatura humana.
Tudo converge para entendermos o contrário.
Ele e o primeiro homem são personagens de dois dramas diferentes.
Adão e o primeiro homem são habitantes de dois planetas diferentes.
Em comum, eles têm apenas uma coisa:
A raça de Adão veio se encontrar com a raça do homem primitivo muito tempo depois.
A raça adâmica veio do Éden há mais ou menos seis mil anos.
A raça do homem primitivo foi criada – homem e mulher – há milhões de anos.
Bem antes do nosso planeta, o Éden já era um “jardim” de delícias.
A Terra, ao contrário, permanecia deserta, “sem homem para cultivá-la”, na afirmação do Gênesis.
Marcando a excelência da união entre os sexos, Jesus confirma
nossa tese, nas entrelinhas.
- "Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher?”
Foi a pergunta de Jesus, em Mateus, 19 v 4.
Este “desde o princípio” ratifica a criação imediata da mulher, ao lado do companheiro.
Esta criação simultânea é argumento do Mestre.
Afinal, o próprio Criador deu a ordem – “Multiplicai-vos” – no mesmo dia da criação.
Se Adão fosse este primeiro homem, e estivesse solteiro, aquele “multiplicai-vos” não teria cabimento.
Fica de pé, portanto, a nossa tese: Adão não é o primeiro homem.
A idéia do aconchego e da cumplicidade já tinha sido criada na caverna do primeiro casal, há milhões de anos.
Adão é outra história.
A sua Eva surgiu depois.
Eles foram expulsos do Éden há seis mil anos.
Nos tempos de Platão e Sócrates surgiu uma lenda sobre casais reunidos num só corpo, com duas cabeças.
A idéia do aconchego dos cônjuges é tão forte que a filosofia grega os imagina reunidos numa única personalidade.
As lendas corporificam verdades que estão em nossas mentes.
A força destes casais tornou-se tão grande, que os deuses, enciumados, se apressaram em cortá-los pelo meio.
Jesus, ao contrário, apostou na idéia, de forma mais coerente.
"(...) deixará o homem pai e mãe, e se unirá à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne".
Mateus, 19 v 5.
Quando almas gêmeas se encontram na Terra, os anjos fazem festa no Céu.
O amor entre duas criaturas humanas é um prólogo do próprio amor divino.
O amor antecipa o Nirvana.
Na década de cinqüenta, eu era jornalista no antigo Jornal do Paraná, quando regressei da minha viagem de núpcias.
Um gaiato cravara uma pergunta na minha escrivaninha:
- “O que você acha do divórcio?”
Certamente o motivo da pergunta era me constranger.
Aquele misterioso desafiante desejava que eu me pronunciasse sobre o divórcio, em plena “lua de mel”.
Aceitei o desafio, acionei a velha máquina de escrever e me manifestei favorável ao rompimento da união conjugal.
No meio de conhecidos e amigos, o meu pronunciamento foi um escândalo.
Com certeza o anônimo voltou a perturbá-lo? Perguntarão vocês, alcançados pela curiosidade.
Afinal, as palavras de Jesus parecem contrariar esta minha posição:
"O que Deus uniu não separe o homem", disse o Mestre.
Concordo com as palavras de Jesus, mas não posso entendê-las como regra geral.
Existem, no texto, algumas palavrinhas mágicas: "O que Deus uniu(...)".
Estas palavras limitam a extensão do preceito.
Homem e mulher passaram a noite na esbórnia.
No outro dia resolvem se casar.
No meu entendimento foi a orgia que os uniu; não foi Deus.
Homem e mulher se encontram no pico dos hormônios, e passam noite memorável no motel.
Entusiasmados pelo desempenho, resolvem se unir:
Vocês acham que aquele enlace foi obra de Deus?
Sem qualquer dúvida, Deus encontra-se totalmente por fora.
Os hormônios são responsáveis por aquele casamento.
Não poderemos negar a evidência: estes casais antes de assinar o livro na paróquia ou no cartório já estão divorciados?
As palavras de Jesus apontam homens e mulheres ligados por afinidades espirituais.
Almas gêmeas não se separam porque estão alicerçadas na rocha de indestrutíveis afinidades.
André Luiz nos aponta uma grande verdade: "Amar não é simplesmente desejar".
Pode existir o apego bem humano do sexo.
A libido ajuda.
A paixão torna-se válida.
É indispensável, todavia, algo mais forte e mais profundo.
O amor não pode ser interesseiro, exigente, cobiçoso e possessivo.
Toda a união marcada com preço à vista ou a prazo tem vida curta.
Vocês acham que pastor ou padre podem modificar esta realidade?
Nada poderá transformar aquilo que já nasceu "torto".
É por isto que somos favoráveis ao divórcio, quando não foi Deus que uniu.
E nos encontramos totalmente dentro do ensinamento de Jesus.
Grande parte dos encontros amorosos acontece por mil razões, e são poucas as razões que coincidem com o desejo de Deus.
Parabéns, portanto, para aqueles felizardos que conseguem acertar na "loteria" do casamento.
Estes serão alquimistas poderosos, que transformarão a prata da convivência no diamante da eternidade.
A união deste homem e daquela mulher verdadeiramente receberá as bênçãos de Deus.
Aqui se cumpre o que Jesus ensinou: “Deus uniu(...)”
...e o homem não conseguirá separar.
Na prática, a convivência não será uma fábrica de tédio e desinteresse?
Esta pergunta é bastante repetida.
Prefiro respondê-la contando uma pequena estória:
O imperador Nero não perdia chance de fazer o mal.
Ele viu a linda jovem caminhando apressada pelas ruas da capital do império.
Encostado no muro, a poucos passos, um homem horrivelmente feio observava discretamente aquela mulher.
Nero chamou a bela jovem e o sujeito deformado e decretou:
Como Imperador, pelas leis de Roma, eu os declaro marido e mulher.
Não havia recurso contra uma decisão do Imperador.
A pobre moça foi obrigada a conviver com o marido imposto, durante cinco longos anos.
Por quê cinco anos?
Pelas leis romanas o divórcio só era concedido depois do quinto ano de vida matrimonial.
Por sorte da moça, o companheiro era alguém de coração puro.
Ele rodeou a esposa de carinho, sem jamais tocá-la.
E o tempo passou.
- Júnia, disse ele, no término do quinto ano. Agora o divórcio a tornará livre.
Comovida, num impulso, Júnia correu para os braços do esposo:
- Eu não imagino mais a vida sem você, meu querido. Estes anos de convivência me levaram a amá-lo. Livremente agora eu quero ser sua esposa.

Existe um provérbio árabe que explica a reação desta moça:
"Quando passarmos a enxergar com os olhos da alma, descobriremos belezas ocultas".
A convivência pode ser um tesouro revelado por Deus.
"O coração tem razões que a própria razão desconhece", nas palavras sábias de Blaise Pascal.
O amor físico é um sub-produto do desvelo nosso de cada dia.
Sem o mágico encanto da ternura o próprio sexo torna-se difícil.
No meu entendimento, as pequenas cortesias do cotidiano formam o caldo de cultura para que o casamento prospere.
Onde o amor desabrocha as explicações são desnecessárias.
O Pai Celestial carimba e assina em baixo.
Freud dizia que “o sexo é uma avalanche, que rola por toda parte”.
Haverá alguém capaz de dominá-lo e canalizá-lo?
Superior a ele, porém, Deus nos concedeu a força do espírito.
Platão, no seu tempo, já falava no "Eros Metafísico”.
E aqui nós encontramos uma outra etapa: o sexo dos anjos.
"Na presente eternidade", disse Jesus, "casa-se e dá-se em casamento.
Em futura eternidade, porém, não haverá casamento, porque serão todos como os anjos do Céu"
.
Lucas, 20 vv 34 e 35.
Isto consagra a nossa evolução e a evolução da sexualidade.
Ninguém carregará eternamente este corpo guloso e sensual.
Em determinado momento da nossa vida, todos nós deixaremos de ser escravos de tanto apetite e de tanta fome.
Eu me lembro, em criança, de uma bolacha coberta com açúcar cristal, que eu “adorava”.
Cada centavo ganho servia para comprar o petisco.
- Quando eu ficar rico, vou encher um quarto da casa com esta bolacha, prometi certa vez.
Nunca fiquei rico para cumprir a promessa, e, de repente, aquela bolacha se perdeu no esquecimento.
Eu já não sentia a menor vontade de comer a guloseima...
Perdeu-se, no passado, aquele apetite compulsivo.
Como disse Jesus:
“Onde está o teu tesouro aí estará o teu coração”.
Aquela bolacha na época era o “meu tesouro”.
Depois daquela bolacha, eu não sei dizer o número de tesouros que me empolgaram: Só Deus sabe quantos?
Imaginem a quantidade de modificações que poderão ocorrer em nós num espaço de trezentos anos?
De repente estamos falando de coisas perdidas no futuro.
Será exagero apontarmos tão longe?
Não! Há dois mil anos, o Mestre ainda foi mais longe.
Vamos repetir as palavras citadas a pouco:
“Na futura eternidade não haverá casamentos, porque todos serão como os anjos”
As palavras não são minhas: Foi Jesus quem falou.
O Criador nos fez homem e mulher, com todos os nossos desejos, para nos treinar no exercício do verdadeiro amor.
O sentido real desta força chamada sexualidade é a nossa integração metafísica pelo amor.
Como escreveu Rohden: "No plano atual da evolução humana, o Eros acaba normalmente em libido; entretanto ele não é simplesmente libido".
Temos exemplo desta verdade: o adolescente apaixonado vê naquela menina dos seus sonhos uma "deusa" intocável.
Alguém certa vez me censurou: Você está nivelando o adolescente e os anjos.
Isto contradiz a doutrina da evolução do espírito.
Quando apontei o adolescente, eu usei a semelhança para configurar a intensidade do amor espiritual.
Para nosso filho adolescente a namoradinha é intocável.
Aproximar-se dela de forma libidinosa, para ele seria considerado incesto.
Na minha infância, eu vivi este drama: falo de "cátedra".
O amor do adolescente é protótipo do amor espiritual.
O "Eros Metafísico" ocupa os espaços dos nossos garotos.
Veja que o adolescente apaixonado caminha como sonâmbulo.
Ele só enxerga a garota dos seus sonhos.
O próprio Jesus deixou escapar o prazer desta convivência repleta de intercâmbio gostoso.
O Mestre amava os seres humanos, homens, mulheres, amigos e inimigos, e até permitia aproximação e contato físico.
O Nazareno não se enquadrava aos “ti-ti-tis” das convenções humanas repletas de preconceitos.
Maria Madalena beijou-lhe os pés na casa de Simão, o Leproso.
Também o amor evolui em ciclos.
Antes de alcançarmos o "Eros Metafísico", passaremos obrigatoriamente pelo “Eros Físico”.
Ninguém chega ao topo da escada sem usar o primeiro degrau.
Já disse o pensador que as grandes jornadas começam no embalo dos primeiros passos.
Todos nós, apesar de distanciados da “perfeição”, podemos sublimar nossos instintos, em nome da pureza do amor.
Mesmo neste plano materializado em que vivemos, o carinho sem egoísmo poderá revelar-se tão prazeroso quanto a plenitude do sexo.
A planta se reproduz com suas raízes enterradas no chão.
Os animais e as feras recebem os impulsos hormonais de forma horizontal.
Somente o ser humano está ligado verticalmente na direção do infinito: sexo, coluna vertebral e o cérebro.
Tudo numa linha reta na direção do Céu.
O próprio formato do nosso corpo é uma certeza de sublimação.
A cruz é semelhante ao homem, de braços abertos.
A palpitação do Divino dorme nas profundezas do nosso ego.
A alma de todos nós anseia pelo amor de Deus.
Na Idade Média, multidões de jovens se afastaram do mundo, em busca do silêncio e da oração.
Pacômio, Antão, Onofre e milhares de outros penitentes se esparramaram pelos desertos.
Muitos carregavam apenas os rolos do Evangelho e se alimentavam de raízes, gafanhotos e folhas.
Apaixonados pelo Cristo, a sede das coisas divinas sustentava suas almas.
Eles gozavam o paroxismo do prazer, no desconforto de suas cavernas escuras.
Acabei de apontar humanos como nós.
A Bíblia, porém, nos revela seres de outros mundos, já amadurecidos pela evolução.
Isto representa outra prova de que não estamos sozinhos no Universo.
"Olhei e vi" diz o profeta João: "O Cordeiro estava em pé sobre o Monte Sião e com Ele cento e quarenta e quatro mil, que tinham escrito sobre suas testas o nome Dele e o nome do Pai.
Estes são aqueles que não se contaminaram com mulheres porque são castos(...).
E nas suas bocas não se acharam mentira, porque estão sem mácula diante do trono de Deus"
.
Palavras de Apocalipse, 14 vv 1 a 5.
Duvido que alguém reunisse da Terra um grupo tão feliz.
Alguém dirá que os teólogos consideram tais figuras como componentes das doze Tribos de Israel.
Eu não concordo com os teólogos por uma razão muito simples:
O rei Davi, figura ilustre da tribo de Judá, na fase mais idealista da sua vida, já convivera com três mulheres, ao mesmo tempo.
Ora o texto diz: "estes não se contaminaram com mulheres".
Outra figura da tribo de Judá - Salomão - vivera em promiscuidade "com mil mulheres”.
As doze tribos, portanto, ficam descartadas.
A ética das suas vidas revela o quanto são diferentes daqueles cento e quarenta e quatro mil.
Eis a razão que eu aponto estas figurinhas simpáticas como habitantes de um planeta superior.
Como aconteceu na parábola do Rico e do Lázaro, foi mais uma janela que se abriu para revelação do nosso futuro.
A parábola do Rico e do Lázaro é uma abertura da cortina que nos separa dos mundos espirituais.
Os alienígenas antecipam o que nós seremos um dia.
Opa! Parece que a minha explicação acabou gerando outra dúvida:
Em si mesmo, o sexo será pecaminoso?
Se vocês entenderam desta forma passem a borracha.
Não foi esta a minha intenção.
Em nosso ciclo, o sexo é legítimo e perfeitamente natural, desde que consentido e sem prejuízos para ninguém.
Há milhões de anos, o sexo mantém vivo o nosso planeta.
Outros tantos milhões de anos ainda conviveremos com a sexualidade, após o Juízo Final.
Quando o Apocalipse exprime "não se contaminaram com mulheres", ele aponta seres que descobriram novas formas de prazer.
O prazer da contemplação do Divino.
O próprio corpo destes nossos irmãos é diferente: o mundo deles é diferente.
Infelizmente, alguns catedráticos ensinam que todos somos pecadores porque Adão manteve relações com Eva.
Vale a pena interrogar: Será Deus ou serão os teólogos que estão errados?
Afinal, as duas linguagens são diferentes.
Fazemos a pergunta, porque o Criador decretou: "Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a Terra".
Gênesis, 1 v 28.
Se as relações sexuais fossem pecaminosas, o Pai Celestial não teria aberto o "sinal verde" para multiplicação da espécie.
Portanto, mais uma vez a teologia pisou na bola.
Esta fábula de que Adão introduziu o "pecado no mundo" nada tem a ver com sexo.
A doutrina de que Adão entronizou o pecado no mundo é defendida pelas igrejas cristãs.
Elas ensinam que estamos sofrendo, porque Adão comeu aquela misteriosa fruta do Jardim do Éden.
A nossa interpretação é diferente.
Quem estuda o Gênesis percebe que o Homem-do-Sexto-Dia era uma criatura sem malícia e sem vontade.
Ele era muito preguiçoso.
Ele não teria disposição de carregar o fardo do pecado.
Faltava-lhe inteligência para compreender até mesmo porque estava ali, naquele estranho mundo.
Sua inocência era incompatível com qualquer iniciativa maldosa.
Com Adão, a coisa era diferente.
O próprio Criador reconhecia sua inteligência e vivacidade:
"O homem" (Adão) "se tornou como um de nós" - disse Deus, em Gênesis, 3 v 22.
Quando Adão desceu a Terra, expulso do Éden, nada mais natural que os "nativos" entendessem o que era malandragem.
A inteligência da raça adâmica destruiu a inocência dos nativos.
Por isso a raça adâmica é responsável pela entronização do pecado na Terra.
Adão tornara-se um perigo no Éden, porém na Terra ele foi uma bênção.
Adão foi expulso do Éden porque evoluíra somente na inteligência, esquecendo a parte moral.
A despeito disto, a raça adâmica foi um presente para os primeiros habitantes do nosso planeta: Por que?
Ora, porque eles estavam carentes de altas doses de adrenalina: Era necessário que eles pecassem, para que subissem degrau na escada evolutiva.
A raça adâmica veio sacudir as estruturas daquela gente que só sabia fazer filhos, comer e dormir.
Eles eram "impecáveis" pela falta absoluta de inteligência.
Os olhos dos nativos só se abriram, quando apareceram aqueles professores malandros do planeta Éden.
E a pecabilidade os redimiu da ignorância.
Neste caso, existem ciclos em que o pecado é necessário?
Perfeitamente.
Existe um hino atribuído a Santo Agostinho: "O felix culpa! o vere necessarium Adae peccatum quod talem et tantun meruisti habere redemptorem!"
Este hino era cantado, na páscoa, nas igrejas católicas, no tempo em que os padres oficiavam no idioma latino.
Traduzindo: "Ó culpa feliz! Ó pecado de Adão realmente necessário que tal e tão grande redentor mereceste".
Isto é chocante! Uma homenagem ao pecado. Como pode?
De minha parte, eu acho este hino genial.
Ele reflete a filosofia dos primeiros tempos do cristianismo, antes que a teologia "misturasse as estações”.
Feliz do homem primitivo que se tornou adulto, ajudado pela raça adâmica:
É isto aí: Adão introduziu a "pecabilidade" no planeta Terra.
A raça adâmica abriu um novo ciclo de progresso.
Os descendentes do Homem-do-Sexto-Dia deixaram de ser bebês chorões.
Agora eles tinham uma coisa chamada consciência.
Eu considero isto progresso.
Senhores pais: quem de vocês gostaria que seus filhos vivessem enclausurados numa redoma de vidro, para não pecar?
Quem de vocês impediria seus filhos de se tornassem adultos para não sofrer?
Diz a Bíblia que "os filhos de Deus" casaram com "as filhas dos homens".
Estes "filhos de Deus" são os que chegaram do Éden.
Verdade! Os filhos de Deus (raça adâmica) eram identificados pela inteligência e pela origem.
Eles vieram do Céu.
Eles vieram de outro planeta.
Em Gênesis, 6 v 4, nós encontramos que "os filhos de Deus possuíram as filhas dos homens, as quais lhes deram filhos".
E assim, pela prática do sexo que Deus sabiamente criara, as crianças nasceram e desfizeram todas as desigualdades.
Tempos depois já não existiam mais "filhos de Deus" ou "filhos dos homens".
Todos eram iguais num planeta de iguais oportunidades.
Em busca do prazer, o ser humano consolidou a família.
Jesus veio, e apontou mais longe, provando que o amor verdadeiro é aquele que se estende por todas as criaturas.
Louvado seja Deus!


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