"Não resistais ao mal"

Data: quarta-feira, 5 de abril de 2006

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Diz a Bhagavad Gîtâ que Arjuna ficou muito triste, quando viu os dois exércitos em formação de batalha.
Arjuna chorou copiosamente, e clamou aos Céus:
"Eu preferiria entregar meu peito às armas dos Kurus, e deixá-los beber o sangue do meu coração.
Eu preferiria esperar a sua chegada, desarmado, e receber deles o golpe mortal, sem me defender.
Assim clamando, sentou-se Arjuna, e deixou cair o arco e as flechas de suas mãos, todo ele entregue ao desespero"
.
A Bhagavad Gîtâ registrou estas palavras há milênios.
Capítulo 1 - vv 46 e 47.
Também nestas escrituras, nós encontramos o eco da filosofia do Evangelho.
O pagamento do mal com mal tem sido condenado, invariavelmente, por todas as escrituras.
As palavras de Arjuna tem o seu equivalente no Evangelho cristão:
"Não resistais ao mal”.
Neste nosso mundo mergulhado em muitas guerras, estas palavras são quase incompreensíveis.
“Não resistais ao mal”.
Utopia? Sandice? Loucura?
Estas e outras indagações poderiam ser feitas, todas elas extremamente pertinentes.
Poucos conseguem compreender e assimilar este aspecto da doutrina de Jesus.
E Ele não fica apenas neste patamar.
O Mestre continua recomendando procedimentos estranhos:
“Quando alguém vos ferir a face direita, apresenta-lhe a face esquerda.
Se alguém pleitear, em juízo, para tirar-vos a túnica, cede-lhe também a capa"
.
Palavras de Jesus, em Mateus, 5 vv 39 a 40.
É fácil dar troco ao malvado e resolver tudo pela força:
- Bastará uma bala de trinta e oito!
Agir com superioridade diante da ofensa, porém, é colocar-se acima do próprio mal, aniquilando sua força.
O mal é um sopro.
Ele representa um segundo na esteira da eternidade.
Se aproveitarmos aquele segundo para vencê-lo, ele explodirá como “bolha de sabão”.
Ao contrário, o amor e o perdão configuram a própria eternidade.
Não esqueçam que “Deus é amor”.
Gestos de misericórdia jamais serão esquecidos, embora a ampulheta do tempo registre milhares e milhares de anos.
Quando eu me torno agressor estou alimentando a egrégora do mal.
Estou dando vitaminas e tônico restaurador para o maligno.
Pessoas que tentaram me prejudicar, alhures, já se perderam na noite do esquecimento.
O grande professor chamado “tempo” se encarregou de lançar sobre nós a cortina da memória curta.
Na ampulheta do tempo, os grãos de areia vão despencando, inexoravelmente.
Não existe raiva que resista à terapia do calendário
Não vale a pena arrastarmos um alforje carregado de mágoas e rancores.
O peso enorme terminará encurvando nosso corpo.
"A cada dia já basta o seu próprio mal", como ensinou Jesus.
Adriano dos Santos veio se estabelecer num vale fértil de São Paulo, onde comprara uma fazenda.
Um vizinho, chamado Abílio Morais adquiriu, por ele, uma enorme antipatia.
Temeroso de que o recém-chegado pudesse prejudicar seus negócios, Abílio Morais entrou em depressão.
Noites e noites sem dormir, a imagem do vizinho não lhe saía da mente.
A irritação foi se transformando em rancor, e Abílio Morais começou a hostilizar, abertamente, o novo proprietário.
Um dia, para provocar rompimento definitivo, Abílio Morais teve uma idéia.
Mandou-lhe um pacote, bem feitinho, contendo estrume de cavalo.
Adriano dos Santos percebeu a intenção maldosa, mas não se abateu.
Ele não desejava alimentar inimizades.
Escreveu um cartão:
- Agradeço ao amigo, a remessa do estrume.
Estou aproveitando para adubar o meu jardim.
Para reforçar meu abraço, estou lhe enviando uma braçada de flores.
Saudações.
Adriano dos Santos.

Este fazendeiro do interior de São Paulo exemplificou, na prática, o ensinamento maravilhoso do Cristo:
- "Não resistais ao mal".
Ele poderia munir-se uma pistola, e procurar o desafeto.
Seu procedimento, contudo, demonstrou superioridade.
Ao invés de alimentar o ódio no coração do inimigo, preferiu transformá-lo em amigo.
Impôs a força de suas convicções, ao invés de obedecer à fraqueza do agressor gratuito.
Tão forte a lição, que Abílio Morais o visitou, para pedir-lhe desculpas.
Adriano dos Santos o abraçou, calorosamente, e, dali para diante se tornaram amigos e confidentes.

- "Não resistais ao mal".
O grande Mestre abusava destas expressões carregadas de mistério.
À primeira vista, esta frase de Jesus nos sugere fraqueza, e até covardia.
Imaginamos ovelhas, em fila, sendo conduzidas ao matadouro.
Num planeta violento por natureza parece que não existe lugar para os pacifistas.
A violência se tornou moda entre os homens.
Ela se encontra por toda parte, como erva daninha, proliferando, sem adubo, sem cuidado e até sem água.
Embora de raízes curtas e frágeis, tantos cuidam desta plantinha que o seu crescimento é notório.
O inimigo sem rosto chega de mansinho.
Ele nos vê.
Nós não o enxergamos.
Apenas escutamos sugestões pela mente:
- Você percebeu a ironia do Marcelo? Ele ofendeu você. Indiretamente o chamou de idiota.
Você nem lembrava mais do incidente.
Mas o inimigo invisível não o deixa esquecer.
E ele envenena você.
De repente, cai a ficha.
Você recorda que o Marcelo foi realmente mordaz e ofensivo.
A raiva cresce atendendo sugestão do astral inferior.
E com certeza você vai “tirar satisfações”.
Neste ponto, a briga é inevitável.
Duas pessoas de “cabeça quente” não se entendem...
...e o resultado é imprevisível.
Às vezes, a raiva é desencadeada, num minuto, sem percebermos.
Perdemos a cabeça, e nos tornamos joguetes das forças do mal.
Uma coisa que acontece muito em locais de trabalho é alguém chamar o colega de ignorante.
- Você é um ignorante! - Eis uma frase de circulação obrigatória. Estas palavras prosaicas têm sido estopim para brigas homéricas.
A violência verbal pode ferir tanto quanto a violência física.
A primeira reação do ofendido é fulminar o adversário...
...reduzi-lo a "pó de traque", como diz o povo, na sua linguagem..
Vale a pena um instante de reflexão, para evitar que a “cabeça quente” produza resultados perversos.
Será que resistindo à violência com outra violência, resultará algum proveito?
Foi exatamente este esfriamento da “cabeça” que Jesus ensinou:
“Não resistais ao mal”.
Vamos centralizar nossa atenção na ofensa que acabamos de citar.
Aquele dedo em riste e aquelas palavras: Você é um ignorante.
Tais expressões deveriam ser profundamente analisadas, antes da “bronca”.
Chamando-nos de ignorantes, o nosso oponente está certo, rigorosamente certo.
Ninguém, no mundo, poderá se gabar de que nada ignora.
O próprio Einsten, apesar de cientista famoso, não conhecia todas as informações da ciência.
Sempre existirão aspectos da cultura mundial que a maior inteligência do mundo desconhece.
Portanto, Einsten e todas as demais inteligências também são ignorantes, como o resto dos mortais.
Em benefício da verdade, diremos que todas as criaturas humanas desconhecem aspectos do conhecimento universal.
Conseqüentemente, não nos é lícito nos abespinharmos, quando alguém nos chama de ignorantes.
Ao lado de todos os demais seres humanos, nós também ignoramos uma porção de coisas.
Vale analisarmos também as razões que levaram nosso oponente a proferir o conceito agressivo?
Teremos que rememorar os últimos diálogos com ele, e a causa do seu desabafo talvez seja identificada.
O ser humano é um poço de melindres, uma teia de frustrações, uma janela sempre aberta exposta ao frio da noite.
Todos nós temos o nosso "calcanhar de Aquiles", o nosso calo escondido, a nossa frustração secreta.
Inconscientemente, talvez nós tenhamos ferido, com palavras vazias, a hiper-sensibilidade deste nosso irmão.
Toda sua agressividade, com certeza, se origina de alguma apreciação leviana, que emitimos involuntariamente.
É só procurar!
Sem qualquer dúvida, nós o ofendemos.
No momento que reconhecemos nossa culpa, a mágica começa a ser realizada.
Nasce, em nós, o compromisso da retratação e o pedido de perdão.
É aquilo que Jesus expressou de maneira tão sabia e doutrinariamente correta.
- "Quando alguém lhe bater na face direita, apresenta-lhe a outra".
Estas palavras do Mestre, interpretadas pela "letra mortífera", se tornam até mesmo imorais - um verdadeiro disparate.
Imaginem alguém esbofeteado, oferecer a outra face, e ser agredido pela segunda vez?
Por quê aumentar a conta do hospital?
Masoquismo não, por favor!
Não foi isto que Jesus quis dizer.
Aliás, certa vez aconteceu algo pertinente.
Alguém queria saber por que o Mestre não ofereceu a face esquerda ao guarda de Anás, quando foi esbofeteado por ele? (João,18 v 22)
Eu respondi simplesmente:
- Ora, porque Jesus não tinha a “face esquerda”?
Foi uma verdadeira confusão, naquela sala.
Eu disse e confirmei:
Jesus não tinha face esquerda.
Todos nós, humanos e pecadores, temos duas faces:
A face direita representa a parte positiva da nossa personalidade.
A face esquerda é o símbolo do nosso pedaço sombrio e negativo.
Ora, todo mundo sabe que o Rabi Galileu era puro e perfeito...
...e não tinha débitos a saldar com ninguém.
Por isso, eu digo, sem qualquer dúvida, que Jesus não tinha face esquerda.
Todos nós temos face esquerda.
Jesus não tinha.
E quando Ele recomendou este aparente paradoxo, o fez confiado em que entendêssemos o sentido oculto das suas palavras.
Quando alguém nos ofende, o mais certo será esquecer o ofensor, e procurar a culpa em nossa face esquerda.
Com certeza a causa da agressão encontra-se no lado negativo da nossa personalidade.
Muitas vezes as razões não são encontradas nesta vida.
Somos obrigados a fazer uma regressão, e encontraremos tudo explicado em outras reencarnações.
Joana de Alencar tivera sempre o mesmo propósito, desde que Beatriz nascera.
Queria vê-la formada em curso universitário.
Por isto, Joana de Alencar não descansava.
Trabalhava dia e noite, numa roda viva incessante para juntar centavos em proveito da filha e dos seus estudos.
Lavava e passava roupas, cozinhava, vendia docinhos em bares e lanchonetes.
Não tinha sábado, nem domingo, nem feriados...
Sua vida se alimentava daquele sonho.
- Quero ver Beatriz formada em medicina...
A filha cresceu, estudou e chegou o grande acontecimento - a cerimônia da colação de grau.
Neste dia, Joana de Alencar recebeu a bofetada na sua face direita.
- Mãe, disse Beatriz, constrangida. Você não pode ir à minha festa de formatura. Precisa ver o luxo das mães das minhas colegas? É melhor que você não apareça por lá.
Joana de Alencar não esperou que a filha terminasse a explicação.
O choque foi violento demais.
Desesperada, ela vagueou, sem rumo, aquele resto de tarde.
A ingratidão da filha a tomara de surpresa.
A ingratidão da filha desmoronara todos os alicerces da sua longa jornada de sacrifícios.
Idéias de suicídio tomaram conta dela.
Não fosse aquele velho bondoso, de cabelos brancos, com toda a certeza, ela teria se lançado às águas do rio.
- Joana - disse o misterioso velhinho - esta jovem, que hoje é sua filha, foi sua escrava, aqui mesmo em São Paulo.
Naquele tempo, você era rica proprietária de uma fazenda de café.
Por desconfiança e por ciúme, você a castigou, no tronco, até a mutilação.
Depois de aleijá-la, mandou-a embora, pois já não prestava mais para nada.
Para complicar, você ainda se sentiu feliz por vê-la incapaz de ameaçar o seu casamento.
Quando Joana Alencar acordou da visão que tivera, o misterioso velhinho já se fora.
Todavia, na sua simplicidade ela compreendeu.
Como terrível pesadelo, ela revivera toda a cena ocorrida na antiga fazenda.
Reviveu todo o seu ódio, e todo o triunfo que sentiu, quando percebeu a sua rival mutilada para sempre.
A vingança deixara suas marcas, porém.
Quando Beatriz voltou, naquela tarde, encontrou a mãe silenciosa, em sua cadeira preferida.
Aproximou-se dela e disse:
- Mãe...
Joana de Alencar fez um sinal, para que a filha se calasse.
As duas permaneceram longo tempo em silêncio.
Depois, Joana de Alencar colocou os dedos nos lábios da filha, e falou, dominada por emoção profunda:
- Filha, não precisa justificar coisa alguma. Eu compreendo. Deus sabe que você tem razão. Outra coisa, filha: Eu queria que você me perdoasse.
Sem compreender a razão daquele estranho pedido de perdão, Beatriz sentiu algo explodir em seu peito.
Olhou a mãe como jamais olhara.
Sentiu a mãe, como jamais sentira.
Correu para aquela mulher que tanto fizera por ela, e deu-lhe um abraço com toda a força do seu coração.
Algo misterioso, entre as duas, se rompera.
Todas as diferenças do passado foram zeradas pela força incomensurável do perdão.
- Mãe, me perdoe! - disse Beatriz.
- Filha, me perdoe! - repetiu Joana.
E as duas permaneceram abraçadas, durante longo tempo.
Joana de Alencar finalmente identificara a sua face esquerda.

Aquela face sombria de Joana de Alencar fora trazida das sombras do passado.
Duas inimigas de outras vidas voltaram a se encontrar, pela misericórdia infinita de Deus.
Para quem não acredita na Reencarnação, eu aponto texto que torna doutrinariamente correta esta minha narrativa:
“Tu o fortaleceste por um pouco de tempo”, disse Jó.
“(...) mudarás o seu rosto e o farás sair.
Estejam exaltados ou abatidos, ele não conhecerá seus filhos”
.
Jó, 14 vv 20 e 21.
Citei o patriarca Jó para justificar por quê Joana de Alencar não lembrava da escrava que se tornara sua filha.
O texto é claro:
O reencarnado não reconhece os próprios filhos.
E Deus muda seu próprio rosto, para que também os filhos não o reconheçam.
Percebam, meus amigos, o quanto nosso Pai Celestial é sábio.
Ele desce o manto do esquecimento sobre os renascidos, para evitar choques e contendas.
Ele coloca duas inimigas numa única família.
Escrava e patroa numa vida anterior.
Mãe e filha numa existência posterior.
Se Joana de Alencar reconhecesse o espírito da escrava que voltara por certo não a deixaria viver.
Teria sufocado a filha nos primeiros dias.
Da mesma forma, se Beatriz suspeitasse que a algoz reencarnara no corpo de sua mãe por certo não haveria de poupá-la.
- “Mudarás o seu rosto”, diz o texto.
E o reencarnado não reconhecerá os próprios filhos, nem os filhos reconhecerão o pai, com outro rosto e outro nome.
Bendita reencarnação que torna desmemoriados os filhos da impiedade, propiciando-lhes a convivência.
Imaginem o espírito reencarnado do imperador Nero acordando de um pesadelo, chutando o ventre da própria mãe?
Fica evidente que Deus é misericordioso, quando apaga a memória dolorosa dos nossos crimes.
Há quem diga que o texto de Jó, que citamos a pouco, aponta “ressurreição em corpo”.
Há quem afirme que este texto não é prova de reencarnação.
Por favor, meus amigos...
Esta tese é tão absurda, que se torna até chocante.
Quando a Bíblia afirma - “mudarás o seu rosto” a ressurreição em corpo já fica prejudicada.
O rosto é outro.
Alguém poderá argumentar:
Não! Trata-se apenas de mudança superficial, para melhorar o aspecto do rosto.
Deus vai extirpar sinais, manchas e rugas, para que todos ressuscitem mais bonitos.
Se o texto ficasse no “mudarás seu rosto”, tudo bem, até compreenderíamos.
Todavia, o grande problema (para eles) é que o imbróglio vai mais longe.
O versículo 21, deste capítulo 14 de Jó nos diz que não haverá identificação entre o pai e os filhos.
Ora, o fundamento da doutrina da ressurreição em corpo é a reunião das famílias separadas pela morte.
O filho abraçará o pai...
A mãe abraçará o filho...
É aquela reunião familiar que ocorrerá no Juízo Final, conforme dizem os pregadores que colocam o corpo na jogada.
Se este pai do livro de Jó não identifica seus filhos, a história dele é de outra vertente.
É um caso típico de reencarnação.
Portanto, continuamos afirmando: Joana de Alencar e Beatriz viveram como patroa e escrava, numa vida anterior.
Depois, pela misericórdia infinita de Deus, se encontraram como mãe e filha, para a reconciliação.
Em todos estes encontros e desencontros, os propósitos divinos são evidentes:
Aproximar adversários implacáveis, para que terminem se tornando amigos.
Trazer o perdão para a cama dos casais...
...para o berço das crianças...
...para os casebres dos pobres...
...para os palácios dos ricos...
Ninguém é recompensado pelo ódio, mas todos serão salvos pelo perdão.
Se existe uma torneira alagando nosso caminho, só nos resta uma forma de resolver o problema: fechar a torneira.
Percebam que árvores enormes já foram arrancadas da terra, com todas as suas raízes.
Quando os ventos das tempestades atingem os arbustos flexíveis, porém, eles se dobram e dão passagem aos ventos.
Saber dobrar-se e deixar que o vendaval termine é o grande segredo de sobrevivência.
Pensar duas vezes é melhor que explodir.
Buscar a origem desconhecida daquele mal.
Isto nos dará tempo para restabelecer o equilíbrio.
Se formos vitimados por traições inexplicáveis procuremos as sombras em nossa face esquerda.
Quando temos consciência de que agimos de maneira correta...
...e alguém nos bate na face direita...
...o nosso caminho é de mão única: vamos abrir a caixa preta da nossa face esquerda.
Com certeza o “vilão” da história vai aparecer, todo encolhido, nos refolhos das nossas almas.
Todos nós temos a nossa face esquerda engrossando o caldo das nossas culpas.
Todos nós temos Lúcifer e Logos brigando em nosso interior.
Ninguém pode se jactar, neste ciclo, de ser completo Lúcifer ou completo Santo.
Todos nós nos encontramos balançando entre o bem e o mal.
O apóstolo João nos aponta esta dualidade:
“Se dissermos que não temos pecado a nós mesmos nos enganamos e a verdade não está em nós”.
I João, capítulo 1 v 8.
Ele próprio - apóstolo de Jesus - deixou clara a sua condição de pecador.
O apóstolo João, portanto, estava dentro da “panelinha”, onde todos nós nos encontramos.
Ele também seria mentiroso se dissesse que “não tinha pecado”.
Muita gente por aí, que se diz “renascido” e “salvo” está metendo as mãos nos “mensalões” da vida.
Infelizmente, todos somos pecadores, e existe uma longa jornada antes da nossa emancipação pelo nosso Cristo Interno.
Esta é a “grande verdade”.
O resto é “estelionato” criado pela cobiça do homem.
Se todos somos falíveis e pecadores, por que tanta cobrança?
Se o animal raivoso avança sobre nós, com fúria, saltemos para outro lado, como fazem os “toureiros”.
Não adianta tentarmos enfrentar o animal de frente.
“Não resistais ao mal”, disse Jesus.
Aquele boi é muito pesado e forte.
Aquela fera pode ter meia tonelada de peso mais que você.
Como os arbustos flexíveis, devemos deixar que o vendaval termine.
A duzentos quilômetros por hora, o vento é muito poderoso e destrutivo.
Esperemos que a tempestade passe.
Nunca esqueçamos, todavia, que Deus é mais forte do que a tempestade.
Louvado seja Deus.

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