Encarando a Face de Deus

Data: segunda-feira, 1 de outubro de 2007

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Talvez não exista outra frase tão incompreendida quanto esta: “Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”.

Isto tem levado os seres humanos a tirar as mais esdrúxulas conclusões, colocando barba e bigode no rosto do Senhor Deus.

Verdadeiro descalabro.

Dizem eles:

- Deus é igual a nós.

E todos completam o seu fanatismo cego, proclamando:

- Nós somos a figura esculpida do Eterno.

O lá lá! Aleluia!

Ninguém agüenta!

Esta visão ofuscada da imagem divina tem ocasionado verdadeiros desvios em nossas relações com o Pai Celestial.

E estes pregoeiros da figura humanizada de Deus apontam o respaldo da Bíblia.

E trazem novos argumentos:

Apareceu um homem que lutou com Jacó(...)”.

Gênesis, 32 v 24.

Pouco depois, a própria Bíblia abre a cortina de uma coisa insólita.

Lutaste com Deus e venceste”.

Gênesis, 32 v 29.

Jacó havia “peleado” com o próprio Jeová, e, por absurdo que pareça, a Bíblia diz que ele venceu a luta.

Aliás, logo em seguida, o patriarca confirma a grande proeza, dizendo:

Eu vi Deus face a face e a minha vida foi salva”.

Gênesis, 32 v.30.

Jacó fora vencedor numa luta corpo a corpo com Deus.

É espantosa esta narrativa das Escrituras.

Jeová aparecera vestido na moda, semelhante a um homem, e acabou derrotado por Jacó.

Lutaste com Deus e venceste” - foi o desabafo desenxabido daquela figura citada como Deus.

Gênesis, 32 v 29.

O patriarca Jacó ficou tão feliz com sua vitória, que colocou o nome Penial naquele lugar onde ele trocara sopapos com Jeová.

Apesar de tanta clareza do texto bíblico, eu jamais aceitei que Deus tenha descido a terra para ser derrotado por um ser humano.

Isto excede todas as minhas expectativas.

Nesta altura, alguém certamente estará dizendo, irritado comigo:

- Este Getúlio não se emenda. Se a Bíblia diz que Jacó lutou com Deus, ele tinha que aceitar. As Escrituras são infalíveis. Não podemos contestar a Bíblia, e ponto final!

Eu fico na minha.

O apresentador Jaime Lauda, numa entrevista no canal 14, TV Momento, em agosto de 1998, me questionou sobre esta passagem da Bíblia.

Tanto quanto eu, o Jaime não aceitava esta briga de pessoa humana com Jeová.

Quem pode aceitar um absurdo deste tamanho?

A partir daquela ocasião, eu comecei pesquisar com profundidade o imbróglio.

Minhas pesquisas alcançaram resultado surpreendente, além das minhas expectativas.

Vocês já imaginaram alguém sedento, deparar uma fonte de água fresca?

Pois a minha descoberta produziu os efeitos desta água cristalina que eu encontrei no deserto dos mistérios bíblicos.

Para meus estudos, a revelação foi tão importante quanto mais um poço de petróleo numa companhia petrolífera.

Esta é uma comparação pertinente.

Matando a charada da briga de Jacó com Jeová, eu recebi subsídios que esclarecem outros enigmas.

Vamos recapitular:

A Bíblia diz que Jeová desceu dos Céus para brigar com Jacó.

Da forma com que o fato foi exposto, isto se torna uma coisa totalmente fora da realidade.

A figura majestosa de Deus desmorona em nossa apreciação: Algo está errado.

Não posso aceitar o Criador dos Mundos semelhante a um rapaz irresponsável, provocando brigas.

Se realmente este fato tivesse acontecido estaríamos diante de uma completa aberração cósmica.

Isto seria o fim do equilíbrio Universal.

Quando o Criador se reveste de imagem leviana, nada mais resta em termos de respeitabilidade.

Graças a Deus, a Bíblia nos coloca nas mãos a solução do enigma.

Vejamos o texto que nos ofereceu a certeza desta segurança, e nos causou enorme alívio:

No vigor da sua idade”, (Jacó) “lutou com Deus. Lutou com o anjo e venceu; chorou e lhe pediu mercê: Em Betel achou a Deus, e ali falou Deus conosco”.

Oséias, 12 vv 3 e 4.

Embora o profeta repita as palavras – “lutou com Deus”, logo em seguida ele deixa tudo claro: “lutou com o anjo e o venceu”.

Certamente Oséias repetiu a frase “lutou com Deus” para apontar exatamente o texto do Gênesis que estava sendo corrigido.

Assim nós podemos aceitar: um anjo é um espírito ainda em processo de crescimento.

Que uma entidade deste gabarito tenha vindo brigar com Jacó, tudo bem: nós aceitamos, embora com alguma reserva.

De qualquer maneira, isto representa menos mal.

É apenas um arranhão na Bíblia, mas será necessário ressalvar que este arranhão é infinitamente menor do que o exposto no Gênesis.

Isto revela, mais uma vez, de maneira clara, que a Bíblia no seu aspecto humano é vulnerável: Que ela precisa de retoques.

É aquilo que nós repetimos sempre:

A Bíblia é Divina quando Deus fala pelos profetas.

A Bíblia é Divina quando Jesus se exprime nas páginas do Evangelho.

A Bíblia é humana e passível de erro, em todos aqueles trechos onde ela contraria a razão e a lógica.

Nestes lugares é o homem falando, desamparado da unção espiritual.

Nestas passagens, a Bíblia não é infalível.

Pela mediunidade de Oséias, Jeová decretou a correção parcial da briga descrita no Gênesis.

Foi um anjo e não Deus quem veio brigar com Jacó.

Aliás, uma analise profunda do Evangelho de Jesus já nos teria informado quanto ao absurdo da presença de Jeová no entrevero.

Existe, no Evangelho, aquela célebre frase do Mestre para a mulher samaritana: “Deus é Espírito (...)”.

João, 4 v 24.

Vocês já imaginaram o Deus Espírito fantasiado de homem, numa posição agressiva diante de Moisés?

Não! Seria demasiado ridículo para ser verdadeiro.

Isto nos concede subsídios para outras eventuais correções:

Eu venho descartando que Jeová seja este Deus Guerreiro que algumas passagens dão a entender.

Esta gafe do escritor do Gênesis aumenta nossa desconfiança de que a figura de Deus tenha sido substituída outras vezes.

Teremos que aceitar com certa reserva aquelas citações de Jeová incentivando guerras.

Algum anjo poderá estar escondido atrás da cortina.

Aqui nós invadimos o terreno bem humano das Escrituras, onde a marca registrada tem o selo do homem, e o seu número - 666.

Se eu fizer a seguinte pergunta para dez mil pessoas, o que vocês acham que elas irão responder:

Quem arrancou os judeus da escravidão no Egito?

A resposta será unânime: Foi Jeová quem libertou os judeus.

Vamos citar pequeno texto do Velho Testamento, e vocês verão que Deus passou procuração para um anjo fazer aquele trabalho.

Toda a engenharia foi traçada por um anjo, no mundo espiritual.

“Moisés enviou mensagem ao rei de Edom: Nós habitamos muito tempo no Egito, e fomos maltratados. Clamamos e fomos ouvidos pelo Senhor. Jeová nos mandou anjo que nos tirou do Egito”.

Números, 20 vv 14 e 16.

Outra vez uma criatura de escalão inferior executa missão que todos apontam como obra exclusiva de Jeová.

Foi por esta razão que eu exaltei o valor desta minha pesquisa.

Anjos guerreiros devem estar substituindo a figura do “Deus dos Exércitos” que decreta massacres.

Se Deus é amor, este temperamento estranho da divindade perversa nos coloca em alerta.

No mínimo, estamos diante de uma contradição.

Jeová não pode estar ao lado de Moisés quando ele diz:

“Matai todos os machos, ainda que sejam crianças, e degolai as mulheres (...) mas reservai para vós as meninas e donzelas”.

Palavras de Moisés em Números, 31 vv 17 e 18.

Só porque estas excrescências estão na Bíblia, deveremos considerá-las como “Palavra” de Deus?

De minha parte isto aí é coisa bem humana, no aspecto mais desqualificado e sórdido que se possa configurar.

A figura de um anjo violento poderia compartilhar destas práticas perversas: Deus com certeza as rejeita.

Como espíritos em evolução, nós concordamos que os anjos se encontram ainda vulneráveis diante do mal.

Eles não são perfeitos.

No que concerne a Deus, todavia, é impossível imaginá-lo incentivando a violência.

Tudo o que se afirmar apontando o Eterno Pai como incentivador de massacres só pode ser uma falsa doutrina.

Só existe uma forma de nos relacionarmos com o Pai Celestial: A intensidade do amor com que nos amarmos uns aos outros.

Criança esfomeada diante da vitrine da lanchonete tem os olhos enormes pregados num prato de pastéis.

O estômago vazio se contorce, no apetite frustrado pela falta do alimento.

Alguém passa e de imediato compreende o drama.

Tomado de compaixão, entra na lanchonete e compra todos aqueles pastéis ainda quentes.

A criança olha para todos os lados, não acreditando em tamanha generosidade.

O rapaz insiste:

- São seus! Eu comprei para você.

Fascinada pela dádiva imensurável, a criança pergunta para o benfeitor anônimo:

- Moço, você é Deus?

Aquela criança não conhecia Deus, mas ela já compreendia que o Pai Celestial só pode ser amor.

Quem matava sua fome só poderia ser um Deus.

Alguém que concretiza o bem pode ser semelhante a Deus, na consciência e no coração de uma criança com fome.

Jesus disse no Sermão da Montanha:

Bem-aventurados os limpos de coração porque verão a Deus”.

Mateus, 5 v 8.

Verão Deus em seu próximo.

Enxergarão Deus dentro deles mesmos.

Outro dia, chegou ao banco uma mulher acompanhada de uma criança, para descontar um cheque nominal do marido.

O caixa conhecia o marido, mas não conhecia sua esposa.

Por esta razão exigiu documentos da mulher.

Ela esquadrinhou a bolsa... e não os encontrou.

Na pressa, não carregara identidade.

Neste ponto ela teve uma idéia.

Todo mundo dizia que a menina era cara do pai.

Colocou a criança em cima do balcão, e perguntou:

- Ela serve?

O caixa deu uma olhada, sorriu, e pagou o cheque.

Quem é parecido com alguém com certeza é da família, dizem as comadres e os compadres.

Filipe, naquela tarde, aproximou-se do Mestre, e pediu:

- Senhor, mostra-nos o Pai.

- Filipe, lhe respondeu Jesus, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido: Quem vê a mim vê ao Pai, Filipe.

João, 14 vv 8 e 9.

Um trecho de uma rodovia parece muito com outro trecho da mesma rodovia.

Certas cadeias de restaurantes usam a mesma planta para inúmeros prédios.

Numa viagem, se torna difícil muitas vezes definir onde nos encontramos.

É tudo tão semelhante.

Uma família que almoçou num restaurante e jantou noutro, não faz idéia da confusão gerada na mente de uma criança.

Por isso ninguém riu quando Joãozinho saiu-se com esta:

- Passamos o dia inteiro viajando e continuamos no mesmo lugar?

Era um desabafo plenamente justificado.

Semelhança pode ser mera coincidência, explicam as películas cinematográficas.

A semelhança moral, porém, nunca foi casualidade.

Toda vez que meus olhos focalizarem algo escabroso na Bíblia, eu colocarei aquele texto em quarentena.

Aquele texto não tem o rosto de Deus.

Os homens é que estão a imaginá-lo assim, por que desejam o Criador no desenho imperfeito das suas criaturas.

Aquela assembléia perguntou ao eminente pregador:

- Como será Deus?

Ele respondeu:

- Não quero parecer a menininha que avisou a mãe que iria desenhar uma figura de Deus.

A mãe objetou que ninguém sabia a aparência de Deus.

Ela disse: Pois todos vão saber quando eu terminar este desenho.

Todos nós nos defrontamos com esta impossibilidade quando tentamos compreender Deus.

O fato é que não podemos transcender nossa própria experiência.

Alguém acha que pode formular algo que defina o Ser Criador?

Claro que não. É tão difícil uma tarefa desta magnitude quanto recolher as águas do oceano numa xícara.

Entretanto, e aqui se encontra o enunciado sublime: A pouca água contida nesta xícara contém a essência divina em toda a sua inteireza.

O todo se revela em suas partes, porque nada existe fora de Deus.

O pingo d’água é um reflexo do Espírito Divino.

Cada vez que vejo o mar eu renovo minha paixão pela sua misteriosa grandeza.

No entanto, a minha visão não abrange todo aquele oceano imenso.

Assim é Deus.

Eu não tenho capacidade para enxergá-lo, em toda sua grandeza.

Ele se multiplica em trilhões de pedacinhos, para meu deleite.

Ele tem sempre um limite pertinho de nós.

Posso sentar-me perto de Deus, banhar-me Nele, navegar sobre Ele, adormecer ao som de Sua Música.

Deus é assim.

É tão grande a sua vastidão que só podemos concebê-Lo em partículas homeopáticas.

Toda a questão estabelecida neste enigma se resume numa interrogação atrevida:

Onde sentiremos uma sensação clara de estarmos tocando os limites da Divindade?

A resposta aponta lugares aprazíveis:

Onde existir beleza, verdade, amor, enternecimento e pensamentos elevados ali se encontram as fronteiras divinas.

Bastará um passo de nossa parte, e invadiremos o território sagrado.

É previsível uma reação de quase todos os seres humanos.

Falamos em Deus, e as pessoas voltam os olhos para as estrelas.

Todos conhecem a saga do Deus transcendente, cuja morada imaginam além dos astros.

Todos parecem acreditar menos, porém, no Deus imanente.

O Senhor que mora lá no alto é uma certeza.

O Espírito Eterno que dorme no coração das criaturas nem tanto.

Os seres humanos parecem descrer desta grande e consoladora realidade.

O fato é que Deus é Amor, e aquele que vive no amor vive em Deus.

Aonde quer que o amor se instale, a luz do Alto o ilumina.

Ao peregrino que aceita a doutrina do “Deus em nós”, eu fiz, alhures, algumas perguntas:

- Haverá esperança para aqueles que não têm capacidade de sentir neles o Espírito Divino?

Tais criaturas se tornarão culpadas deste pecado de ignorar uma realidade tão elementar?

Poderá o Cristo de fora redimir quem desconhece o Cristo de dentro?

O peregrino me encarou, com os olhos brilhantes, e me disse:

- O espírito do homem nasceu de Deus, mergulhado na ignorância e na completa ausência de malícia.

“Quando eu era menino”, escreveu o apóstolo Paulo, “falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando me tornei adulto, deixei de lado as criancices”.

I Coríntios, 13 v 11.

O barulho dos automóveis, seis horas da manhã, acordou aquele mendigo que dormia debaixo da ponte.

Oscar abriu os olhos, devagar, e foi retirando os jornais, que usara contra o frio da noite.

O dia clareava na cidade grande: Lâmpadas automaticamente se apagavam.

- Meu Deus, exclamou o mendigo, voltando os olhos, sonolentos, para o espaço azulado.

Tenha pena de mim, meu Deus.

Faça com que eu encontre pessoas compadecidas que me forneçam o sustento do corpo e da alma.

Estou à tua disposição, Senhor.

Se algum dia transitares nesta esquina da rua dos Prazeres com a Avenida da Consolação, me encontrarás aqui para te servir.

Eu cozinharei teu arroz e fritarei teus peixes, meu Deus.

Farei uma fogueira naquele terreno baldio que bem conheces.

E almoçaremos juntos...

É possível até que eu consiga dois copos de vinho.

Depois do almoço, aproveitarei teu descanso para arrancar todos os bichos dos teus pés, Meu Deus.

Alguém que passava, encarou o mendigo com raiva:

- Como podes desrespeitar o Senhor dos Céus de maneira tão sórdida e blasfema?

Atribuir bichos nos pés de Deus é um sacrilégio. Com certeza irás para o Inferno, alma perversa.

O mendigo ficou em silêncio, diante dos impropérios do estranho.

Ele não conseguiu entender a razão de tanta raiva.

Para ele bicho de pé era um mal que castigava todo mundo, mesmo Deus.

Desde criança, aqueles parasitas o incomodaram.

O que o detrator não conseguira entender é que aquele mendigo construíra Deus à sua imagem e semelhança.

Não poderá ser usada idêntica cartilha para os estudantes do pré-escolar e da universidade.

Uns e outros têm diferentes graus de inteligência.

Cada um concebe a figura de Deus de acordo com o seu próprio entendimento..

O apóstolo Paulo nos oferece valiosas conclusões:

“(...) agora vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a face”.

“ Agora conheço em parte – então conhecerei como também sou conhecido”.

I Coríntios, 13 v 12.

Ninguém, neste planeta de expiação, possui capacidade de sentir Deus em toda sua grandeza.

Comecemos treinando a nossa percepção do Divino, nas músicas inspiradas por Ele.

Analisemos a fundo os trabalhos de Beethovem.

Busquemos o enternecimento na figura de um pássaro de fogo, trinando nas árvores do nosso pomar.

Poderia um cego criar a vida, a simetria, o ritmo, a luz, a cor e a melodia?

Saibam que os grandes matemáticos – Euclides, Newton, Einstein -não foram autores de coisa alguma.

Eles apenas revelaram verdades já existentes há bilhões de anos.

Em todas estas verdades, a raiz se encontra no Criador de todas as coisas.

No século XIX, com o surgimento de grandes organizações industriais e científicas, a vaidade do ser humano foi às nuvens.

Alguém exclamou:

- Deus está morto!

O debate esquentou.

Correntes favoráveis e contrarias se engalfinharam.

- Eu nunca vi esta Figura Poderosa, apesar do enorme espaço que ela ocupa, retrucaram os marxistas, empoleirados na figura da lógica.

- Se este Deus é tão importante, por que não desce do pedestal para debater conosco? Perguntaram filósofos encastelados em cultura acadêmica.

O pretendido eclipse de Deus serviu, todavia, para algo útil.

Ele veio sacudir as consciências, para dimensionar uma realidade inquestionável.

Aprendemos que se nos descartássemos de Deus outra dúvida surgiria no rastilho do foguete cósmico.

- Qual a nossa origem? Prótons e nêutrons cegos colidindo acidentalmente teriam criado o Universo?

Somos forçados a escolher uma das alternativas: Com Deus ou sem Deus?

Não podemos ter as duas.

Definir-se pelo acaso seria admitir que as letras do alfabeto foram reunidas por uma lufada de vento, nas obras de Shakespeare.

Quem faz opção pelo Criador atuante, aponta algo consciente por detrás do Universo...

Reconhece algo definido, concreto...

...e acredita que o Universo tem destino e tem propósitos.

E tem fé que a humanidade não se encontra num beco sem saída.

Agora, os que optarem pela matéria sem espírito, estes se encontrarão sozinhos no grande mar.

Eles não têm barcos nem remos. Serão náufragos no meio do caos e da escuridão sem Deus.

Se almejarmos melhoramentos no campo do espírito, valerá cultivarmos o aconchego com as forças espirituais.

Esta é a lei da vida.

Para isto, entretanto, precisaremos de um centro de força consciente.

Um cérebro eletrônico ou computador gigante nada representarão sem as diretrizes de um programador, atrás da máquina.

Sem Deus, o próprio espírito também seria descartado.

Matéria e acaso seriam as únicas portas disponíveis.

Estaríamos vulneráveis a todos os ventos, como folhas caídas das arvores.

Todos os seres humanos seriam robôs, filhos do acaso, perdidos no picadeiro da história.

Generosidade e altruísmo seriam gestos mecânicos, desprovidos de alma e coração.

O nosso planeta se transformaria numa região inóspita, coberta de gelo e neve.

Faltaria calor para tornar cálidas as relações humanas.

Sem Deus não haveria esperança.

A vida seria única sem as consoladoras promessas da Reencarnação dirigida pelo Espírito Eterno.

O túmulo marcaria o último capítulo da história.

Ao contrário desta fantástica negação, porém, nós sabemos que tudo é diferente.

A Bíblia nos aponta uma outra realidade.

A Bíblia é uma porta de entrada no mundo de Deus, e ela nos convida a semearmos esperança e fé.

Ela nos convida a penetrarmos no reino do Pai Celestial.

Ela nos oferece a certeza de que Deus existe.

Ela nos diz que colheremos aquilo que semearmos.

Quem semeia amizades colherá amigos, quem semeia abnegação colherá boa vontade, quem espalhar amor verá seus filhos crescer em paz.

Louvado seja Deus.



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