A Saga dos Peregrinos do Sacrifício

Data: domingo, 15 de junho de 2008

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Eu venho repetindo que neste ciclo a Terra é morada de gente mais ou menos imperfeita.

Por isso a classificação de que ela é planeta de expiação e provas.

Somente após o Juízo Final, depois da separação do "joio e do trigo", a Terra obterá o título de planeta de regeneração.

Embora descontente consigo mesmo, o ser humano fraco não consegue largar hábitos perniciosos.

Vejam o que disse um fumante inveterado, enquanto esperava que a balconista lhe vendesse uma carteira de cigarros:

- Por que não afastam este espelho da frente da vitrine? Perguntou ele, e rematou: Eu detesto olhar o rosto de um homem fraco.

Este queria disfarçar a própria fraqueza.

Se ele largasse o vício, o espelho não o incomodaria mais.

Tantas vezes abandonara o cigarro, e não conseguira se livrar por completo daquele hábito pernicioso.

Mostrei este episódio para reforçar minha a tese.

Se atentarmos para predição do profeta Zacarias, dois terços da Terra serão eliminados para as "trevas exteriores".

Isto nos fornece percentual da extrema vulnerabilidade dos habitantes do planeta.

Se o Demônio existisse, ele ganharia a partida contra Deus, por dois a um.

O fato é que os terráqueos são desconcertantes.

Eles possuem raiz pecaminosa difícil de ser arrancada.

Isto não quer dizer que Deus seja sempre insensível e repetitivo.

Para quebrar a monotonia, de repente reencarnam espíritos com melhores condições para responderem por tarefas especiais.

Costumamos chamar estas exceções de Peregrinos do Sacrifício, porque eles engolem fogo neste circo chamado planeta Terra.

Mais do que ninguém, estas criaturas são vítimas do ciúme e da inveja de seus contemporâneos.

O número reduzido destes Peregrinos do Sacrifício serve para colocá-los em evidência, atraindo toda a espécie de perseguições.

Agora uma coisa muito importante: ninguém confunda "alhos com bugalhos", por favor!

Existem por aí figurinhas se auto-intitulando emissárias de Deus e que ostentam títulos de grandeza.

Eles se consideram homens e mulheres de Deus, excluindo o resto da humanidade.

Cuidado! Eu não estou me referindo a eles.

De minha parte, eu acho abominável alguém se colocar como proprietário do pedaço.

A Bíblia é deles.

Só eles serão salvos.

Nós somos criaturas: Eles são os únicos "filhos".

Francamente, eu ficaria extremamente desenxabido se fosse obrigado a me apresentar aqui com algum título.

Olhando para a ostentação dos sacerdotes judeus, Jesus foi claro:

"Não seja assim entre vós. Quem quiser tornar-se grande seja o servidor de todos".

Mateus, 20 v 26.

Nestas palavras de Jesus, nós encontramos a credencial dos Peregrinos do Sacrifício.

Eles não surgirão por aí esmagando e humilhando os outros.

Eles aparecerão servindo, consolando, perdoando.

A referência maior do ser humano marcado pelo signo da excelência é a discrição do seu procedimento.

Ele não será precedido por batedores e clarins.

Suas atitudes serão discretas.

O Mestre desceu do seu pedestal e foi lavar os pés dos discípulos.

O exemplo é bastante evidente para que ainda restem dúvidas.

No Livro Atos dos Apóstolos ficou registrado episódio oportuno:

"(...) saiu Cornélio ao encontro" (de Pedro) "e prostrando aos seus pés o adorou".

Simão Pedro foi rápido:

"(...) Levanta-te, pois sou apenas um homem, como tu".

Atos, 10, vv 25 e 26.

Percebam o paradoxo e o alcance das palavras de Simão Pedro?

O mundo está dividido entre os que se exaltam e aqueles que reconhecem sua condição de pequeninos.

Ninguém se iluda.

De tempos em tempos, Deus permite que reencarnem portadores de lições para revelação de novos aspectos do Reino dos Céus.

As revelações são cíclicas.

"Com leite vos criei", explicou o apóstolo Paulo.

Para crianças é adotado um tipo de dieta.

Na proporção do crescimento, o espírito receberá alimentação cada vez mais sólida.

É aquilo que Jesus disse para os apóstolos:

- "Muita coisa tenho para vos dizer, mas vós não as podeis compreender agora. O Espírito da Verdade vos guiará no conhecimento de todas estas coisas".

Palavras do Mestre, em João, 16 vv 12 e 13.

Três anos ao lado do Nosso Rabi e os seus apóstolos não se encontravam com discernimento suficiente para entendê-lo.

É a razão de que Deus mantenha reencarnados grupos de Peregrinos do Sacrifício, que dão exemplos com suas vidas.

Antes e depois de Jesus, eles vêm semeando e cultivando a lavoura do Reino de Deus.

Ninguém esqueça, porém: Eles são exceções; nós somos a regra.

Eles fazem parte do trigal, nós representamos o joio.

Eles aparecem evidentes, por mais que se mantenham discretos modestamente escondidos na humildade.

O Pai Celestial os conhece pelo desempenho em outras reencarnações.

Jeová disse para Jeremias:

"Antes que eu te formasse no ventre materno, te conheci, e antes que saísses de tua madre te consagrei profeta".

Jeremias, 1 v 5.

Percebam a riqueza das entrelinhas: Jeová confessa que a semente do profeta ainda não tinha vida quando ele o convocara.

Isto é uma prova de que Jeremias já oferecerá evidências de que estava capacitado para exercer as funções.

Ninguém esqueça que Jeová disse: "(...) antes que fosses formado(...)".

A única coisa que existia na jogada era o espírito do profeta, e este já dera provas de capacidade, em outras reencarnações.

Richard Neuberger nos conta uma história de índios.

Lembro-me ainda do meu encontro com os índios Chipewyan.

Eles se mantiveram hostis, todo o tempo, nos ameaçando.

Construindo barcos num estaleiro primitivo, às margens do Rio Atabasca, eles se mantinham silenciosos e distantes.

Não queriam nada conosco.

Nos encaravam com hostilidade, até o momento em que eu lhes disse que era amigo do Inspetor Denny La Nauze.

Aquele oficial da Polícia Montada Canadense foi meu talismã.

Depois disto, os índios se desdobraram em demonstrações de amizade e consideração por mim.

Embora morando longe, La Nauze foi o meu protetor no território índio.

Naqueles ermos do norte canadense, eu percebi que a lembrança do oficial da Polícia Montada abria todas as portas.

Fosse na cabana solitária de um caçador de peles, fosse no hospital de uma missão religiosa, o nome La Nauze era pronunciado com respeito.

Eu comecei a ser apontado como amigo de La Nauze, diz Richard Neuberger, e a vida se tornou cada vez mais fácil, naquela região.

E o mesmo La Nauze, na sua casa em Calgary, explicou o motivo de que era benquisto.

Inquirido, ele respondeu:

- Dick, eu acho que aquela gente ainda pensa com carinho na minha pessoa por uma regra fundamental que eu sempre usei. Por mais que a verdade estivesse claramente do meu lado, eu sempre contemporizei para nunca humilhar os outros.

Eu considero estas pessoas comuns que tem este carisma especial, como enviados de Deus, para suavizar as arestas do cotidiano.

Um ser humano comum desempenhando papel de apóstolo.

Zelando para não representar pedra de tropeço na vida dos outros, ele se fez notório pelo respeito dedicado a todos indistintamente.

Quando Deus deseja regular a temperatura numa determinada região, ele providencia a reencarnação destes espíritos conciliadores.

São eles que fazem crescer a consciência de que Deus existe e preside tudo.

Os Peregrinos do Sacrifício, em suas vidas, são testemunhas do Pai Celestial e o glorificam pelo exemplo.

A receita é simples: Tratar os outros com carinho, colocando humildade na convivência. .

Se este La Nauze agisse a "ferro e fogo" contra os índios, menosprezando a sua cultura, por certo colheria desprezo.

Sempre cabe uma pitada de cordialidade nas relações humanas.

É a razão que nós aceitamos a idéia de que, de tempos em tempos, Deus se obrigue a mandar professores para ministrar aulas de recuperação.

Em matéria de progresso espiritual, estas criaturas estão muitas luas em nossa frente.

Elas reencarnam com objetivo determinado de nos proporcionar lições.

Gilbert Greene registrou atitude notável de Lincoln.

Ele me convidou para passearmos uma noite, quando eu tinha 19 anos, escreveu Gilbert.

Ele me disse:

- Gilbert, você passa o dia todo em pé junto a esta banca de tipógrafo, e eu passo o dia inteiro sentado na minha banca de advogado.

- Vamos dar um passeio?

Enquanto caminhávamos, Lincoln olhava o Céu, e foi me dizendo os nomes dos astros, e a distância que eles se encontravam da Terra.

- Sempre que os contemplo, disse Lincoln, sinto que estou contemplando a face de Deus. Compreendo que o homem olhe para baixo, e possa intitular-se ateu. O que eu não posso conceber é que ele olhe para cima e continue dizendo que Deus não existe.

Os Peregrinos do Sacrifício não perdem oportunidade para expressar a sua crença no Pai Celestial.

Não existe dúvida de que Lincoln era alguém do elenco divino.

Suas reações diante da vida sempre demonstraram esta realidade.

Ele se mantinha na sintonia com as coisas de Deus.

Lincoln era um apaixonado pela paz e pela fraternidade.

Concordamos com ele em número e grau:

Olhando para as planícies nós podemos não enxergar Deus.

No momento que encaramos as estrelas, porém, a rendição de alguém sensato deve ser incondicional.

Ninguém se iluda com palavras fáceis, todavia.

Precisamos antes de aplaudir verificar o recheio da vida de quem expressa belos conceitos.

Será necessário mergulharmos nas intenções.

Garimparmos se o diamante existe naquele cascalho.

Analisarmos se aquele homem de conversa fácil não se encontra atrás de um balcão vendendo fantasias coloridas.

Os enviados de Deus não são escravos da cobiça e da avareza, nem se vendem por trinta dinheiros.

Lincoln demonstrou, desde menino, que era um amante da paz, da concórdia e do amor.

Estas características revelam a sua estatura moral.

Disse Jesus: "Pelos frutos conhecereis as árvores".

Este é o gabarito de análise para aferirmos o valor de cada um dos filhos de Deus.

Nos tempos de Sócrates, o maravilhoso mundo das cidades-estados da Grécia e da cultura grega estendia-se pela bacia do Mediterrâneo.

Através do Mar Negro, alcançava as costas da Rússia.

Navios mercantes gregos dominavam toda aquela região.

Sob a liderança da cidade de Atenas, os gregos tinham conquistado a Pérsia.

Para Atenas acorreram, então, de todas as partes do mundo, artistas, poetas, cientistas, filósofos, estudantes e professores.

Homens ricos da distante Sicília mandavam seus filhos seguir Sócrates em seus passeios e ouvir os seus ensinamentos.

O velho Filósofo recusava qualquer pagamento.

Todas as grandes escolas que surgiram, mesmo em Roma e outros lugares, se afirmavam ligadas a ele.

Platão foi seu discípulo e Aristóteles aluno de Platão.

Aos seus jovens amigos, Sócrates tinha fama de ser o mais manso dos homens.

Aos antiquados e conservadores, porém, a sua pregação era subversiva e perigosa.

Duas acusações formais foram feitas contra Sócrates: Ele não acreditava nos deuses e corrompia a juventude.

Vocês perceberam uma coisa importante?

No meio de tantos generais, estadistas e homens de ciência, Sócrates aparece como figura central.

Aquele que muitos apontavam como vagabundo, que nem mesmo cobrava suas aulas, brilhava como estrela no mundo da cultura.

Precisamos ressaltar, porém, uma repetida ocorrência: O martírio tem acompanhado os Peregrinos do Sacrifício.

A humanidade não parece suportar quem está fora dos seus padrões.

Lincoln foi assassinado.

Sócrates bebeu cicuta.

Gandhi recebeu os tiros numa reunião de orações pela paz.

Parece algo orquestrado: Aquele que reencarna para beneficiar os humanos termina eventualmente nas mãos do carrasco.

Jesus lamentou esta sistemática rejeição.

"(...) Eu vos envio profetas, sábios e escribas. Alguns são mortos, outros crucificados, e todos açoitados nas sinagogas e perseguidos de cidade em cidade".

Palavras de Jesus, em Mateus, 23 v 34.

"Sobre vós recairá o sangue derramado desde Abel até Zacarias".

Mateus, 23 v 35.

Alguns dias depois o próprio Mestre seria réu daqueles teólogos equivocados.

Algo neste imbróglio causa estranho desconforto.

Por que Deus permite este sofrimento atroz para aqueles que atendem sua convocação?

O Dicionário Bíblico - publicado por Jorge Zahar Editora - página 116, nos conta um fato estarrecedor.

O profeta Isaias - diz o Dicionário - foi serrado ao meio por ordem do rei Manasses.

Eu contei esta história, certa vez, numa roda de catedráticos, e eles não aceitaram o fato como verídico, por não estar na Bíblia.

Nem tudo o que aconteceu no planeta está na Bíblia.

A história profana, todavia, tem fornecido provas de autenticidade.

Mesmo porque o apóstolo Paulo escreveu sobre o assunto na Epistola aos Hebreus.

"Eles foram apedrejados, serrados ao meio (...) mortos ao fio da espada, peregrinando (...) angustiados e aflitos".

Hebreus, 11 v 37.

"Serrados ao meio", portanto, é um fato comprovado por Paulo, embora ele não tenha feito alusão ao profeta Isaias.

A razão da resistência dos catedráticos é que ultimamente certos pregadores estão preocupados com a doutrina do triunfo a qualquer preço.

Este fato narrado por Paulo está na contramão da teologia destes modernos pregadores da prosperidade.

É só vitória! Gritava um deles, estes dias, falando na Televisão.

Por isso, este texto de Paulo os incomoda.

Como é possível que os profetas tenham sido apedrejados, serrados ao meio, mortos ao fio da espada, e vivessem angustiados e aflitos?

E o apóstolo Paulo remata o assunto, emitindo uma queixa:

"Todos eles foram provados no testemunho da fé, e ainda não receberam a recompensa prometida".

Hebreus, 11 v 39.

Uma coisa nós afirmamos com segurança:

Ninguém brinque com coisa séria: Ninguém se apresente como representante de Deus, levianamente: Cuidado!

Espíritos de escol tem reencarnado na Terra, e todos eles passaram por dificuldades.

Newbold Morris nos conta algo sobre Fiorello La Guardia, prefeito de Nova York.

- Encontrei-o deitado no sofá, embrulhado num roupão de banho, escreveu Morris, penalizado. .

Eu nunca vira antes um ser humano tão diminuído pela doença, tão alquebrado e tão fraco.

O corpo macilento não deveria pesar mais de 30 quilos.

Sem se mover, ele perguntou com voz sumida:

- É você, Newbold?

- Sim, sou eu, Fiorello.

Estas breves palavras o esgotaram, e ele fechou os olhos.

Um espasmo de dor contraiu-lhe as feições.

- Que horas são, perguntou.

- Três e meia, respondi.

Ele gemeu e disse: Ainda faltam quinze minutos para eu tomar outra injeção de morfina.

Tive vontade de dizer-lhe que tomasse logo aquela maldita injeção.

- Que fizesse tudo para que aquela dor passasse.

Mas eu sabia que aquele homem era incapaz de quebrar uma regra, mesmo para se livrar do sofrimento.

Ficamos em silêncio por alguns minutos, e eu lhe disse que já ia porque o juiz Hands e a esposa me esperavam no carro, lá fora.

Expliquei que eles gostariam de conhecê-lo, mas que eu adiara o encontro em vista das crises que Fiorello estava sofrendo.

- Vá chamá-los, disse La Guardia, imperativo.

- Eu não acho oportuno, Fiorello. Você está muito fraco.

- Eu disse para ir chamá-los - replicou ele, com autoridade.

Com relutância e nenhuma disposição, fui buscar o casal, consciente de que Fiorello não suportaria o encargo.

Quando voltamos à sala, operara-se uma transformação.

Nem me atrevi a imaginar o quanto aquilo representara em sofrimento.

La Guardia estava de pé para receber-nos, com o rosto aberto num sorriso.

- Tenho prazer em conhecer um juiz honesto, disse ele.

Pensei comigo, vendo-lhe a majestade do porte: Este homem só pode ser um semideus pousado na Terra.

Puxou discussão sobre política internacional, revelando que não apoiava as Nações Unidas.

Discorreu para nós, revirando os olhos, movendo os dedos, e batendo as mãos, como se arrancasse energia de um baú mágico.

Nunca o vi melhor, nem mesmo no auge de sua força na Prefeitura de Nova York.

Os Hands ficaram literalmente encantados.

Quando saímos, ao fim de quinze minutos, La Guardia teve para mim um sorriso malicioso.

Parecia dizer: Interpretamos bem o espetáculo, você não acha?.

Depois, me fez uma continência, que eu entendi fosse um adeus.

Morreu pouco tempo depois.

Eu aprendi muitas coisas com Fiorello, durante a sua vida, e ele finalmente me ensinou como um homem deve enfrentar a morte.

Esta foi opinião de Newbold Morris, assessor de Fiorello. .

Deus faz descer tempestades sobre bons e maus, porque sabe que as tempestades lavam as nossas imperfeições e nos preparam para a vida eterna.

O que tem que ser será.

Jesus pediu o afastamento do cálice, mas terminou aceitando a vontade do Pai.

Qual o nosso merecimento para cantar de galo?

Não adianta ficar determinando para a direita e para a esquerda, exigindo que Deus passe a borracha naquilo que foi escrito.

Espíritos de escol, muito melhores do que qualquer de nós - atravessam quadras de sofrimento.

Será que os adoradores da "Palavra" esqueceram que Jesus disse - "No mundo tereis aflições?"

Lembremo-nos que Jeová foi severo com os incentivadores da impunidade:

"A vossa aliança com a morte será anulada", disse Jeová. "E o vosso acordo com o além não subsistirá. Quando o dilúvio do açoite passar, vós sereis esmagados por ele". Isaias, 28 v 18.

Esta é a voz de Jeová censurando seus próprios sacerdotes, que se diziam salvos do "dilúvio do açoite".

Se os próprios Peregrinos do Sacrifício foram alcançados pelo sofrimento, por que iremos pregar só vitória, triunfo e alegria?

Esta pregação do sucesso perene é propaganda enganosa, falsidade ideológica e um claro incentivo ao calote.

Quando o "dilúvio do açoite" passar não adiantará choro nem vela.

Analisem o que disse o apóstolo Paulo sobre os Peregrinos do Sacrifício:

"O mundo não é digno de tais homens. E eles estão errantes nos desertos e nas montanhas, escondendo-se nas cavernas".

Hebreus, 11 v 38.

A Bíblia em espírito e verdade nos revela que eles não estiveram livres das provações.

"Bem-aventurado é o homem a quem Deus corrige", é a palavra de Jeová, em Jó, 5 v 17.

O nosso mundo será de expiação e provas até o Juízo Final, quando a Terra será promovida a um planeta de regeneração.

Até lá as tempestades poderão, eventualmente, descer sobre bons e maus.

Eu disse eventualmente porque a vontade do Nosso Deus e do nosso Cristo não está ao alcance da nossa manipulação.

Existia tanta gente para ser visitada em Jericó, e Jesus se hospedou na mais improvável de todas as residências.

Contrariando a vontade até mesmo dos seus apóstolos, o Mestre marcou refeição na casa do publicano Zaqueu.

Deus e o seu Cristo não fazem acepção de pessoas.

Aceitar a vontade do Senhor é a missão principal dos Peregrinos do Sacrifício.

Eles reencarnam movidos por este desejo de se tornarem exemplos vivos para edificação dos filhos dos homens.

Continue orando e pedindo proteção, saúde e paz.

Desde que a súplica seja formulada com humildade é quase certo que você alcançará o trono do Pai.

E o Pai Celestial que ama você, com certeza vai colocar seu pedido na balança da sua misericórdia.

Esteja certo que você não ficará desamparado, mesmo que seja negado o seu pedido.

Tudo o que Deus faz é para o seu bem.

Ninguém se iluda com vitórias fáceis e promessas de prosperidade.

Tudo o que nos alcança, sem luta, poderá ser jóia falsa, desprovida de legitimidade.

Espere no Senhor, e você será alcançado pela sua misericórdia.

Esta é a verdadeira dádiva.

Louvado seja Deus.


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