Muitos caminham - alguns correm

Data: terça-feira, 21 de abril de 2009

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A Reencarnação representa uma das mais importantes lições do Evangelho.

Não obstante, nascer em novo corpo tem sido uma controvérsia milenar.

Estes dias, eu escutei um pregador apontando o caso do "cego de nascença" como prova contrária.

Ele gritava as palavras de Jesus, em tom desafiante:

"Nem ele nem seus pais pecaram" vociferava o intérprete da Bíblia, como se aquele cego fosse exemplo único.

Parecia com raiva dos adeptos da Reencarnação.

Ele foi aplaudido pelos seguidores, principalmente quando disse que sofrimento e pecado nada têm a ver um com outro.

Se o sofrimento nada tem a ver com pecado, eu pergunto por que o Paralítico de Betesda recebeu advertência de Jesus?

- "Não peques mais para que não te aconteça coisa pior".

Palavras de Jesus, em João, 5 v 14.

Os dois casos são completamente diferentes, meu caro pregador.

Este intérprete devia saber que o Cego de Nascença foi um sofredor voluntário: Ele não possuía aquela dívida.

Por isso Jesus disse que ele era cego para glorificação de Deus: Quem sofre sem revolta solidifica o alicerce da fé coletiva.

E Deus é glorificado!

Ele não nascera cego para resgatar: nascera cego para desempenhar missão voluntária.

É aquilo que está exposto no tema de hoje: Muitos Caminham - alguns Correm.

Existem sofrimentos créditos e sofrimentos débitos.

Alguém faz empréstimo no Banco - é devedor.

Outro deposita na caderneta de poupança - é credor.

O Cego de Nascença reforçava seu cabedal, depositando valores espirituais na caderneta de poupança da vida eterna.

Existem peregrinos do sacrifício que executam tarefas diferenciadas, para glória do Senhor Deus.

Estes reencarnam para servir de exemplos.

Não podemos ficar martelando tecla única.

No piano existem inúmeras teclas, cada uma delas emitindo som diferente.

Seria extrema ignorância alguém achar que todas aquelas teclas emitissem uma única nota musical.

Por isso a surpresa nossa diante de alguém que divulga este tipo de mensagem por uma rede de Televisão.

Este pregador deveria ser mais cuidadoso.

Só pelo fato do Cego de Nascença sofrer por motivo diferente, isto não determinará implosão do carma.

O carma continua valorizando ou depreciando as nossas ações, independente da opinião deste elemento sectário.

Referindo-se ao cego de nascença, Jesus deixou claro: ele não sofria pelo pecado.

Ao contrário dele, o paralítico de Betesda era réu de dívida sujeita a resgate.

Por isso, Jesus o aconselhou a ter cuidado:

"(...) Não peques mais para que não te aconteça coisa pior"

Outra afirmação espantosa eu escutei deste pregador na Televisão.

Ele continuou vociferando, colérico:

- Como Deus pode me cobrar pecado cometido por outra pessoa?

Esta "outra pessoa" seria o corpo novo que o espírito reencarnado recebe

O pregador não reconhecia que o espírito é o agente da vida, independente do corpo.

E ele não parava o palavrório:

- Se alguém reencarna no Brasil, como vai pagar os pecados feitos por outro que viveu há 100 anos em Portugal?

Deus não seria justo - era o seu argumento.

Pelo fato do espírito voltar em outro corpo e outra família, ele tentava provar que se tratava de pessoa diferente.

Ele ainda não aprendera que nós não somos o corpo.

Não lhe ensinaram que corpo sem espírito não tem vida.

Após desencarnar o espírito, o corpo vai virar pó.

O que sobrevive mesmo é o espírito.

É o espírito que reencarna em Portugal, na França ou na Paraíba.

É o espírito que carrega dívidas do passado e do presente.

Aquele cego de nascença tanto sabia disto, que antes de reencarnar assumiu a cegueira, voluntariamente.

Se a vida fosse única, ele não disporia de consciência para deliberar sobre aceitação da missão.

Como pode alguém, no útero materno, se dispor a enfrentar uma vida sem a luz dos olhos?

Se ele ainda não nascera, de onde viera o discernimento para aceitar missão tão espinhosa?

Somente alguém que já vivera anteriormente poderia medir as conseqüências de uma vida mergulhada em trevas.

São fatos como este que provam Reencarnação.

É a própria Bíblia revelando situações que não se explicariam sem experiências de vidas passadas.

Para quem não acredita em Reencarnação, o feto adquire vida quando o esperma se encontra com o óvulo.

Após a concepção começa a vida, mas, na fase embrionária, a consciência e a sabedoria ainda não se manifestam.

Admitindo-se a Reencarnação, porém, a coisa muda de figura.

Conforme o grau da entidade, até o próprio corpo pode ser projetado e construído por ela.

- Eu quero renascer cego, foram as palavras ditas por aquele cego de nascença que o Evangelho retratou.

- Mas você não tem dívida que justifique provação deste tamanho, lhe disseram os mentores espirituais.

Os guias daquela colônia tentavam dissuadi-lo.

Ele insistiu, porém:

- Eu quero voltar cego, para exemplificar e ensinar a paciência, e acumular créditos para o futuro.

No mundo espiritual, o espírito planeja a futura Reencarnação, desenhando até mesmo o próprio corpo.

Geralmente a cegueira é evitada, porque são poucos os heróis que podem suportá-la.

Jesus deixou prova de que o espírito poderá ser o construtor do corpo.

As palavras do Nosso Rabi não deixam margem para outro entendimento.

Obrigatoriamente elas apontam providência que devemos tomar depois desta vida.

"Se o teu olho te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti, pois será melhor que percas um dos teus membros antes de seres lançado no inferno das provações".

Palavras de Jesus, em Mateus, 5 v 29.

Com toda a certeza, o Mestre não recomendou que alguém arrancasse os olhos nesta vida.

Este seria detido como doido.

As recomendações ficam claras:

Tal providência deverá ser adotada na próxima reencarnação.

E caberá ao próprio pecador desenhar um corpo com as características recomendadas por Jesus.

"Se o teu olho te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora de ti (...)".

Percebam que o Evangelho coloca os pingos nos "is".

Se não admitirmos o renascimento em outro corpo não existe possibilidade de explicarmos estas palavras de Jesus.

Não podemos fugir ao apelo da lógica.

Será melhor a privação da vista durante uma vida inteira, do que ser lançado na roda viva de dolorosos resgates.

Cada frase do Evangelho vale por um compêndio.

Vocês sabem que o Mestre nunca proferiu palavras ociosas.

"Dai a César o que é de César" é um exemplo.

Vamos abrir bem os ouvidos, portanto, e chegaremos ao consenso de que o Mestre sempre foi claro.

Vamos colocar nossa mente em alerta máximo.

Vamos prestar bastante atenção.

Pela solenidade de tantas palavras, vocês não acham significativas as revelações do Mestre em torno de Elias?

"Ainda que não acrediteis, este é o Elias que havia de vir. Ouça quem tem ouvidos de ouvir!"

Mateus, 11 vv 14 e 15.

Realmente, o Rabi Galileu desta vez usou excessivas palavras.

Esta mudança de estilo revela algo transcendental: O espírito de Elias reencarnara em João Batista.

Jesus manteve-se dramático para reforçar o conceito.

Em Marcos, a idéia é prova eloqüente de Reencarnação:

"Por que dizem os escribas que Elias deve vir primeiro?" - perguntaram os discípulos.

A resposta de Jesus foi rápida:

" Eu vos declaro que Elias já veio, e fizeram com ele tudo o que quiseram (...)".

Marcos, 9 vv 11 a 13.

"Fizeram com ele tudo o que quiseram" - mostra a cabeça cortada do Batista.

"Eis que vos enviarei Elias, o profeta, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor", diz o Velho Testamento.

Malaquias, 3 v 23.

Tudo se expressa coerente: João Batista foi Elias.

Alias, temos mais uma observação a fazer:

O povo judeu acreditava na passagem da alma, de um corpo para outro.

- "Quem diz o povo que Eu sou?" - perguntou Jesus, em Cesaréia de Filipe?"

Se Jesus perguntou quem Ele fora, isto mostra concordância quanto à repetição da vida.

Escutem a resposta dos apóstolos:

"Para uns" (Tu és) "João Batista; para outros Elias; para outros ainda Jeremias ou algum dos profetas".

Mateus, 16 vv 13 e 14.

Embora de forma confusa, a doutrina da Reencarnação foi desenhada nas respostas dos apóstolos.

Jesus estimulou a troca-troca dos espíritos, quando fez a pergunta e não opôs reparos ao teor das respostas.

Ele conhecia as crendices populares e as desculpava.

Vivendo na mesma época, Jesus não poderia ter sido o Batista.

A confusão gerada pela ignorância não iria destruir a parte essencial da crença.

Se alguém acreditava que Jesus poderia ter sido o espírito de algum profeta, a Reencarnação já estava configurada.

As classes cultas de Judá tinham idéias mais claras.

- Tu és Elias? - perguntaram ao Batista.

Ele respondeu:

"Eu não sou Elias".

João, 1 v 21.

A pergunta dos escribas obrigatoriamente revela suas convicções em matéria de doutrina:

Eles queriam saber se o espírito de alguém do passado (no caso Elias) poderia estar reencarnado em João Batista?

Ninguém formula uma indagação, sem acreditar que ela seja possível e realizável.

Mesmo diante da negativa do Batista eles insistiram:

"Quem és? Precisamos levar resposta aos que nos enviaram". João, 1 v 22.

As entrelinhas nos dizem que a interrogação nascera nos altos escalões da religião dos fariseus.

E são estas entrelinhas que nos garantem que a transmigração de almas era algo aceito.

A negativa do Batista, porém, tem sido explorada.

Há quem negue a prova de reencarnação, baseado nesta negativa.

A resposta "eu não sou Elias" é concludente! - dizem eles.

O argumento, embora válido, é fraco.

Vale lembrarmos que quando Jesus se aproximou do Jordão, no início da sua carreira, João Batista o apontou, dizendo:

"Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo".

João, 1 v 29.

Apesar deste anúncio, pouco antes de ser degolado, o Batista ainda não tinha absoluta certeza de que Jesus era o Cristo.

Se ele estava confuso em matéria inerente à sua própria missão, como poderemos ampliar ainda mais nossa expectativa?

João Batista revelou falta absoluta de memória.

O Batista negou ser Elias, porque ignorava a sua origem: Este é o limite da sua grandeza.

Se João Batista vacilava quanto a sua missão de precursor do Messias, justifica-se a ignorância quanto à sua origem.

Quando reencarnamos, a perda de memória da vida anterior é quase cem por cento.

Isto nada tem de esquisito: Basta lembrarmos que existem enfermidades que detonam a memória, por completo.

Que todos pensem nisto, antes de criticar o Batista pelo esquecimento de que fora Elias.

Se ele vacilou quanto à identidade de Jesus, não poderíamos esperar outra coisa daquele homem.

Escutem o que diz o Evangelho:

"Quando ouviu, no cárcere, falar das obras que Jesus realizava, (...) mandou perguntar-lhe: És tu aquele que estava para vir, ou devemos esperar outro?"

João, 11 vv 2 e 3

Isto revela as limitações de João Batista.

O desconhecimento de sua origem, portanto, é justificado.

O precursor que viera aplainar os caminhos do Senhor não poderia vacilar naquela altura do campeonato.

Se ele reencarnara com aquela missão bíblica, não poderia alimentar dúvidas de quem era o Mestre.

Vou mais longe, ainda, para deixar tudo muito claro.

Podemos comparar as negativas de João Batista com as afirmações de Jesus, e elas são totalmente contrárias.

Os fariseus perguntaram ao Batista:

- "És profeta?"

Ele respondeu "não". "Eu não sou profeta".

Jesus o pegou na "contramão".

- "Sim! Eu vos digo: Ele é mais do que profeta".

O Batista negou que fosse Elias.

Jesus, mais uma vez, avivou sua memória:

"Ainda que não acrediteis, este é o Elias que havia de vir!"

Agora, sou eu quem faz a pergunta:

- Em quem acreditar? Em João Batista ou em Jesus?

Disparado - bem lá na frente - eu fico com o Mestre, e não abro mão. E não vacilo

Quem poderá colocar o Batista acima de Jesus?

Tudo se torna perfeitamente coerente:

Nesta linha de raciocínio, eu só posso aceitar João Batista como reencarnação do espírito de Elias.

O Mestre não falou de alguém parecido com o antigo profeta: A frase não admite interpretação diferente.

Jesus foi claro e direto:

- "Elias já veio e não o reconheceram".

Procurando combater nossa interpretação, certo catedrático me interpelou, indignado:

- Será que nem no paraíso, nós teremos garantia de vida?

- Eu não vejo onde você pretende chegar? - retruquei.

- É que Deus arrebatou Elias, em carne e osso, para o céu - esclareceu o catedrático. Assim, ele teria que ser morto, no céu, para retornar ao mundo, como João Batista.

Aqui nós ficamos enredados num cipoal de absurdos.

Os catedráticos sempre insistindo para jogar carne humana no paraíso. Isto tem sido verdadeira compulsão.

Afinal, que fazer? Cada cabeça uma sentença.

A Bíblia é uma só, mas os intérpretes se multiplicam como ervas daninhas em quintal adubado.

E cada um deles dá o que tem!

Quando a Bíblia se torna contrária, eles a esquecem.

Para princípio de conversa, o texto, no Velho Testamento deixa muita dúvida.

"(...) Eis que um carro de fogo - com cavalos de fogo - os separou. E Elias subiu ao Céu, num redemoinho".

II Reis, 2 v 11.

Não foi ele que saiu voando: um carro veio buscá-lo.

Isto mais parece viagem num disco voador.

Com certeza, alguma missão de emergência reclamava a presença de Elias, em outro planeta?

Deus permitiu que o levassem, para cumprir aquela outra missão, e a viagem dele foi confundida pelos teólogos.

Embora, a terra fosse atrasada, naquele tempo, milhões e milhões de mundos já gozavam os confortos da tecnologia espacial.

Ninguém estranhe apontarmos um disco voador, naqueles tempos remotos.

Existem planetas muito mais adiantados do que a Terra.

Elias, como todos nós, era cidadão do Universo.

A despeito dos meus argumentos, o catedrático continuou na defensiva:

- Foi Deus que arrebatou Elias. O texto é claro: Elias subiu ao céu, pela vontade de Deus.

Neste ponto eu até concordo

Afinal, não cai um "fio da nossa cabeça" sem que Deus saiba, como disse Jesus.

Sem o consentimento de Deus, portanto, Elias não teria viajado no disco.

Quanto a subir na direção do céu, isto não prova que o "Sétimo Céu" foi alcançado.

Subir é uma coisa: chegar lá é outra.

Numa festa junina os foguetes são lançados p'ro Céu.

Uma criança grita: O foguete subiu para o céu. Isto não significa que o foguete alcançou a morada dos anjos.

O carro de fogo simplesmente foi na direção das nuvens.

Existem outras razões também que nos impedem de aceitar a idéia de Elias alcançando o paraíso de "mala e cuia".

"Isto afirmo, irmãos: a carne e o sangue não herdarão o reino de Deus".

I Coríntios, 15 v 50.

Dizer que Elias subiu ao céu, em corpo e sangue, portanto, é algo contrário ao ensinamento bíblico.

Também Jesus abordou esta matéria, com bastante clareza:

"Ninguém subiu ao Céu, a não ser aquele que desceu do Céu, a saber - o Filho do homem (...)".

Palavras de Jesus em João, 3 v 13.

Se Jesus afirmou ser o único terráqueo que subiu ao Céu, Elias não poderia se encontrar lá: Em corpo a impossibilidade ainda se torna maior.

Já disse e vou repetir: Deixo de lado todos os escritores da Bíblia, e aceito Jesus em primeiríssimo lugar.

Nenhum terráqueo estivera no sétimo Céu, na afirmação do grande Mestre.

A suposição dos teólogos é, portanto, um blefe.

Elias não foi para o Céu, de mala e cuia, coisa nenhuma.

Suponhamos que Elias tenha realmente "batido as botas", e Eliseu viu o seu espírito no rumo do Céu?

Isto não quer dizer que Elias foi para o Sétimo Céu.

Ao abandonar o corpo físico, pelo desencarne, os espíritos são atraídos pelas colônias espirituais.

Nestas dimensões do astral as feridas da alma são tratadas por mentores espirituais.

Ninguém pense que estes lugares sejam o Céu.

Eles sempre foram recantos de transição, entre uma vida e outra.

Na parábola do Rico e do Lázaro, Jesus nos abre uma ponta desta cortina do além-túmulo.

O Rico via Lázaro no outro lado, mas não podia alcançá-lo.

Um abismo os separava.

Este abismo é a diferença entre o bom e o mau.

Todos terão o cantinho que merecem pelas suas obras.

Nosso lar será conforme o aperfeiçoamento de cada um.

Sétimo Céu? Nem pensar.

Um gigantesco abismo nos separa dele.

Para chegarmos até lá ainda nos falta muito chão.

Fica descartada, portanto, a idéia do arrebatamento de Elias para o Céu.

Os argumentos apresentados são fracos.

Como conseqüência, a tese de que João Batista é a reencarnação de Elias continua de pé.

Apesar de lógica e evidente, a tese de que João Batista foi Elias esbarra na resistência de uma ala comprometida.

Há pouco tempo, um desses paladinos da unicidade da vida me abordou, disposto a comprar briga:

- Não há reencarnação! - exclamou. Tudo é balela. Ou aceitamos o Cristo, ou nos perdemos eternamente.

João Batista foi apenas parecido com Elias, disse o sujeito.

Então ele se ergueu, desafiante, e desabafou:

"Quem crer e for batizado será salvo".

- São palavras de Jesus! - disse ele, triunfante.

Ele queria dizer: Se o batismo salva, por que reencarnar?

Nas próprias palavras de Jesus, nós encontramos a explicação: "Quem crer e for batizado será salvo".

Marcos, 16 v 16.

Veja que antes do "batizar" existe a palavra "crer", mostrando que o "salvar" não é tarefa fácil.

Jesus deixou sinais para definir as alturas do "salvo":

"Expulsarão demônios, falarão línguas, manusearão serpentes, beberão veneno sem problemas, e, se impuserem as mãos sobre os enfermos, estes serão curados".

Marcos, 16 vv 17 e 18.

Para gente assim o batismo é apenas um diploma.

Quem bebe veneno sem problemas não precisa de mais nada: O Cristo é muito forte dentro dele.

Difícil será encontrarmos iniciados com este perfil, porém, para alcançarem o verdadeiro batismo.

Vejam que o próprio Jesus disse: "Muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos".

E a Reencarnação continua sendo necessária, para que cresça o número de iniciados com este perfil de apóstolos.

Eu jamais apontei a salvação como fácil. Para os sacerdotes, que viviam com as Escrituras debaixo do braço, Jesus disse:

"Os publicanos e as meretrizes entrarão antes de vós no reino de Deus".

Palavras de Jesus, em Mateus, 21 v 31.

Ressalta-se uma coisa muito importante:

Todos nós somos pecadores.

Se Deus não renovasse o nosso contrato, oferecendo-nos mais tempo, seria nosso fim.

É incompreensível que tanta gente se considere salva, simplesmente batendo no peito.

Eles estão colocando o carro na frente dos bois.

Desejam a salvação antes do esforço.

Eu conheço alguém que se considera "crente" e "salva" e vive logrando todo mundo.

Para se safar de compromissos desagradáveis, esta pessoa tem sempre uma desculpa na ponta da língua.

Inegavelmente, é impossível alguém se dizer salvo.

A Reencarnação é a solução encontrada por Deus, para mesclar justiça com misericórdia.

A Reencarnação é fórmula mágica de salvação para todos.

A Reencarnação veio destronar o Deus sádico imaginado na Idade Média.

A Reencarnação fez retornar a imagem do Pai Criador, que ama os seus filhos, e, a seu tempo, salvará todos.

Na Ruanda da década de sessenta tornara-se difícil sobreviver.

As tribos Tutsis e Hutus faziam guerra.

Juvenal Kibuye se escondera na floresta.

Uma viatura do exército veio em socorro da mãe de Juvenal: - Eu não arredo pé deste lugar sem o meu filho, disse ela.

Montamos o enigma sobre esta figura de mãe. Será que alguma mulher gozará o Céu sabendo que o filho está no inferno?

E nós lembramos palavras do profeta Isaias:

"Acaso pode uma mulher esquecer seu menino de peito, de sorte que não tenha compaixão do filho de suas entranhas?"

Isaias, 49 v 15.

Sabemos que o desvelo do Pai Celestial é ainda maior do que o amor da mais extremosa das mães.

O Deus que adoramos não pode ser favorável ao Inferno Eterno, pois se fosse sádico não seria amoroso.

O Deus que adoramos não adotaria sofrimento inútil.

E a Reencarnação se torna o grande instrumento que consolida um futuro abençoado para todos nós.

Louvado seja Deus!


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