Resignação é dez - Paciência é Cem

Data: Saturday, April 16, 2016

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"Este mundo seria ótimo lugar, se todos igualassem, na paciência, o pescador que espera o peixe morder a isca".

Estas palavras do filósofo definem talvez a mais rara e difícil dentre as reações humanas.

Paciência é meta quase inatingível.

Vocês já imaginaram colisão de transito sem bate boca?

Todo mundo tranquilo se entendendo numa boa?

- Aconteceu? Ninguém se feriu? Juntar os cacos com calma não seria bem melhor?

Alguém vociferando do lado direito, outro do esquerdo, terminará complicando entendimento.

É preciso manter equilíbrio emocional.

- "Quem dentre vós é sábio?" É pergunta do apóstolo Tiago. E ele mesmo completa: "Está na hora de provar sabedoria mostrando mansidão e paciência".

Tiago, 3 v 13.

Percebam que o Apóstolo considera a virtude da paciência como demonstração de sabedoria.

"Se ocorre o contrário, todavia, e tendes o coração amargurado deveis assumir a realidade de que estais sendo falsos".

Tiago, 3 v 14.

O polemista não pode ser considerado sábio quando se descontrola.

Descontrole emocional sinaliza aprendizado imperfeito.

O apóstolo Tiago completou nosso raciocínio.

"A sabedoria do alto é pacífica, indulgente, plena de misericórdia e de bons frutos".

Tiago, 3 v 17.

Neste ponto, o Crispim dos Anjos me interrompe:

- Getúlio, eu vou lhe provar que a Bíblia não confirma seus argumentos.

"Filha de Babilônia, que hás de ser destruída, é ditoso quem retribuir o mal que nos fizeste. Ditoso aquele que esmagar teus filhinhos contra pedra".

Salmo 136 vv 8 e 9.

Perceba Getúlio que o Salmista sugere, sem compaixão, que fossem quebradas cabeças de crianças babilônicas.

O Salmista contradiz o apóstolo Tiago.

- Meu caro Crispim, eu venho dedicando tempo significativo de minhas pregações ao esclarecimento destas contradições.

Não tenho me cansado de repetir o assunto em razão de que o considero da mais alta relevância.

A Bíblia não é unidade harmoniosa, caríssimo Crispim.

Muitos escritores participaram da sua composição.

Será forçoso admitir parte humana e não inspirada dentro da Bíblia.

Sem este entendimento, será impossível pregação coerente.

Ela é infalível somente em suas partes divinamente inspiradas.

Esta parte inspirada e divina fica longe dos destemperos humanos.

Deus e o seu Cristo são impolutos.

A parte divina representa monumento incomparável.

Os ensinamentos de Jesus e as manifestações de Jeová pela boca dos profetas são preciosos gabaritos.

Para que as Escrituras continuem gozando credibilidade é necessário este enfoque por parte dos pregadores.

Quando o apóstolo Tiago diz: "Está na hora de provar sabedoria, mostrando mansidão e paciência", os Evangelhos confirmam.

A virtude da paciência foi exemplificada por Jesus, em inúmeras ocasiões.

Certa vez o Mestre resolveu pernoitar em aldeia samaritana.

Os samaritanos fecharam as portas na cara dos mensageiros de Jesus.

" Diante da rejeição reagiram os apóstolos Tiago e João: - Senhor, disseram eles. Permita e nós faremos descer fogo do Céu para consumi-los?"

Lucas, 9 vv 53 a 56.

Jesus os repreendeu de imediato, insistindo para que atentassem ao espírito que deveria animá-los.

Os irmãos Tiago e João estavam indignados com a atitude pouco amistosa daquela gente.

Eles ainda não haviam entendido que Jesus recomendara paciência.

Com tristeza, Jesus lamentou a agressividade dos discípulos que ostentavam cabeças duras como pedra.

Depois de tantos anos, eles não haviam compreendido o ponto central dos Evangelhos.

"O Filho do Homem não viera para destruir a humanidade".

Lucas, 9 v 56.

Jesus seguiu viagem, depois de ter jogado balde de água fria no rancor.

Eu declaro total aceitação das palavras de Deus e do seu Cristo.

Os demais textos ficam reservados para análise.

Esta análise é o enquadramento ao gabarito do Evangelho.

Desde que não haja discordância, tais manifestações ficam incorporadas em nosso plano de trabalho.

Eu sempre fui adversário da incoerência.

Para vocês que tomaram conhecimento da ameaça de vingança dos apóstolos, lembraremos episódio semelhante, no Velho Testamento.

"Indo Eliseu no caminho de Betel, rapazinhos zombavam, dizendo-lhe: Sobe Calvo, sobe Calvo, sobe Calvo. Voltando-se, Eliseu os amaldiçoou. Duas ursas saíram do bosque e despedaçaram quarenta e duas crianças. Simplesmente, Eliseu prosseguiu viagem para o monte Carmelo".

II Reis, 2 vv 23 a 25.

Vocês terão que concordar que Eliseu, neste episódio, não pode ser considerado exemplo edificante em cartilha de educação de crianças.

Além de tudo, ele foi omisso na prestação de socorro às vítimas.

De imediato, ele seguiu viagem para Carmelo, indiferente ao sofrimento das quarenta e duas crianças.

Se nós ingenuamente, apesar deste tipo de passagem, teimássemos em apresentar a Bíblia inteira como didática, seríamos insensatos e ridicularizados.

Afinal, alguém considera lícito violentar os outros?

Eliseu usou seus poderes para atrair os ursos.

Eliseu usou maldição para atingir seus objetivos.

Eliseu cometeu crime de omissão de socorro às vítimas.

Ele não teve a paciência recomendada e praticada por Jesus.

Seria de bom alvitre, portanto, que os pregadores atentassem para tais detalhes quando afirmam que a Bíblia é didática.

Se o Pai Celestial recomendou que fôssemos pacientes, Eliseu com certeza divulgou lição negativa.

Analisem a diferença de ensinamento. Jesus disse:

"Orai pelos que vos perseguem".

Quem amaldiçoa desagrada ao Senhor das Alturas.

O apóstolo Paulo, em carta aos Coríntios, adverte:

"A existência de demandas entre vós é considerado derrota. Não seria mais coerente sofrer injustiça? Não seria mais adequado arcar com os danos?"

São perguntas de Paulo em I Coríntios, 6 v 7.

"O amor tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta".

I Coríntios, 13 v 7.

O apóstolo Paulo completa seus argumentos dizendo:

"Escutai minha recomendação de que andeis de modo digno, com humildade e paciência, suportando-vos uns aos outros com amor".

Efésios, 4 v 1.

Estes desabafos de Paulo não foram largados ao acaso, aleatoriamente.

Em Corinto, os irmãos da comunidade cristã brigavam nos tribunais gentios para resolver suas demandas.

Paulo ficou extremamente aborrecido com as brigas.

Conservar equilíbrio no contraditório não tem sido fácil.

Todavia, apesar de argumentos falaciosos de pregadores algemados, os preceitos cristãos não admitem atalhos.

No capítulo 65 de Isaias aparecem aspectos da vida no planeta Terra depois do Juízo Final.

Prestem atenção na proclamação de Jeová:

"Farei sair de Jacó posteridade e de Judá descendente que possua meus montes, e os meus escolhidos herdarão a Terra, e habitarão nela".

Isaias, 65 v 9.

Isto forma algo coerente, facilmente aceito.

Jesus indica estes "escolhidos" de Jeová no Sermão da Montanha.

O Mestre os identifica:

"Bem-aventurados os mansos porque eles herdarão a Terra".

Mateus, 5 v 5.

Os mansos são os pacientes, os que exorcizam a raiva, se afastam da ira e obedecem a Deus.

São estes os escolhidos para testemunhas no Monte Santo.

Quanto aos outros - os impacientes - Isaias também descreve o que os espera.

"Eu vos farei passar pelo fio da espada, e todos caireis nesta matança, porque eu chamei e não respondestes: Falei e não ouvistes (...) e escolhestes o que não me agradava".

Isaias, 65 v 12 - Palavras de Jeová.

Percebam a clareza do Senhor Deus: "(...) todos caireis (...)" .

Nenhum dos impacientes agressores participará do Monte Santo.

Na proporção da violência praticada, retornará, contra eles, todo o mal feito, como resposta divina.

Para isto, os seus espíritos reencarnarão em planetas primitivos.

E o Pai Criador deixa as duas vertentes bem definidas:

"(...) os meus servos comerão e vós tereis fome, os meus servos beberão e vós tereis sede (...) os meus servos se alegrarão e vós sereis confundidos".

Isaias, 65 vv 13 e 14.

É aquilo que Jesus aponta no capítulo 25 do Evangelho de Mateus:

"Irão estes para o castigo eterno".

Mateus, 25 v 46.

A propósito, o Helvécio Teodoro dos Santos revelou episódio pertinente.

Ele jantou num restaurante de São Paulo, e a garçonete pintou e bordou em termos de inexperiência.

Ela carregou a sopa com o mimoso polegar fincado no caldo.

Serviu pernil de suíno, quando Helvécio pediu carneiro assado.

Foi necessário reclamar cesta de pão e guardanapo.

Para remate das tropelias, ela ainda despejou café no casaco do freguês.

A moral desta história, meus amigos, se encontra no fato de que Helvécio saiu do restaurante elogiando a moça:

- Esta menina é exemplo de lutadora...

- Como será possível silenciar tantos contratempos, ser mal atendido, e não reclamar ao gerente do restaurante? E ainda ver qualidades na agressora?

Helvécio explicou:

- Quando ela percebeu que eu separava algo para costumeira gorjeta, a jovem corou e afastou meu braço.

Ela tirou dez reais da bolsa e me entregou:

- Hoje o senhor é que merece a gorjeta. Eu estraguei o seu jantar!

O esclarecimento definitivo de Helvécio foi dado no dia seguinte:

- A confissão humilde da garçonete me fez agradecer a Deus de ter suportado com paciência sua inexperiência. Se eu a denunciasse ao gerente, ela teria perdido o emprego. Se Jesus nos ordenou perdoar inimigo, por que negar paciência em favor de alguém que está começando a vida?

Não comparando, meus caros, o próprio Deus dos Céus deverá ter oferecido gorjeta ao seu servo Helvécio.

- Ele merecia pela paciência e tolerância demonstradas.

Todos os que encararem desajustados e inexperientes com simpatia, relevando suas falhas, não ficarão esquecidos.

Quem exercer misericórdia alcançará misericórdia.

Como vocês escutaram a pouco, Isaias profetizou tanto a expulsão dos maus quanto a vida tranquila dos melhores.

"Crio para Jerusalém alegria e para seu povo regozijo", disse Jeová.

Isaias, 65 v 18.

Pelas palavras da profecia nós percebemos algo insólito: A vida continuará semelhante à nossa.

"Eles edificarão casas e habitarão nelas, plantarão vinhas e comerão seu fruto".

Isaias, 65 v 21.

Se as almas fossem imediatamente para o Paraíso não precisariam de casas: Espírito ou anjo não ocupa lugar.

Isto revela que a transição se concretizará em nosso chão.

Os escolhidos permanecerão laborando em corpo físico.

Reencarnarão aqui mesmo no planeta continuando aprendizado.

A única diferença essencial será a ausência dos violentos, que serão expulsos para planeta primitivo.

É aquilo que escreveu Judas Tadeu:

"Os anjos rebeldes Ele tem guardado em cadeias eternas, reservados para o juízo do grande dia".

Judas, 1 v 6.

Ora, se estes anjos estão guardados em "cadeias eternas", aguardando julgamento, estes anjos maus somos nós, prisioneiros no planeta Terra.

Em todo julgamento acontecem absolvições e as cadeias ditas eternas serão quebradas.

Eternidade nas Escrituras representa tempo enorme, mas terá fim.

Outra coisa importante: Após o Juízo haverá sexo na Terra promovida.

Vejam que Isaias fala que a mortalidade infantil vai acabar.

"Não haverá mais crianças para poucos dias, nem velho que não cumpra os seus. Porque morrer aos cem anos será morrer ainda jovem. E quem pecar somente aos cem anos será alcançado pela correção".

Isaias, 65 v 20.

Declarada existência de crianças isto mostra relações sexuais.

Nesta altura, nós alcançamos o ponto crucial da exposição.

Percebam que Isaias afirma que o pecador - na Nova Terra -somente será penalizado no fim da vida.

Isto revela que também haverá pecadores após o Juízo Final.

E nós perguntamos:

- Que pecado será este?

É boa pergunta.

Pecarão eles pela violência?

O texto responde a pergunta:

"Não mais serão gerados filhos para calamidade".

Isaias, 65 v 23.

É complicado definirmos pecado cometido por aquela gente pacata e ordeira.

As profecias de Jeová afastam discórdias, maledicências, invejas e conspirações.

"Não se fará mal nem destruição em toda a Montanha Santa proclama o Senhor Jeová".

Isaias, 65 v 25.

Nesta altura a ficha cai.

Vislumbramos a misteriosa transgressão no outro lado da moeda do tema que estamos estudando.

O pecado que será cometido pelos habitantes da Nova Jerusalém será a impaciência.

Os escolhidos pelo Cristo ainda carregarão resquícios das tormentosas provas enfrentadas nos finais do ciclo.

Por isso a Terra será planeta de regeneração.

É verdade que será degrau mais alto, mas estará longe do definitivo.

O carpinteiro erra o prego e martela o dedo. Ele se irrita.

O marido tem pressa e a mulher demora. Ele se impacienta.

O menino aguarda o pai, no portão do colégio e o pai atrasa.

Tudo isto ocorrerá no mundo novo, onde continuaremos vivendo e aprendendo.

O pecado será tão pequeno, porém, que o Senhor não terá pressa em corrigir.

"(...) quem pecar somente aos cem anos será corrigido".

Isaias, 65 v 20.

É nosso Velho Planeta, bisbilhotando futuro e desvendando mudanças no relacionamento entre criaturas e o Criador.

Ninguém se iluda.

O carrossel vai continuar girando, girando sempre, cada vez mais suave, cada vez mais aconchegante para os que confiam no Pai das Alturas.

- Sinto muito! Disse o diretor de filmagem. Jack Montgomery está muito velho para montar.

Durante 30 anos, Jack substituíra os atores em cenas perigosas.

Ele cavalgava como poucos.

Transformava cavalo selvagem em gato tranquilo. Sempre fora domador e amigo dos animais.

Embora introvertido e de pouca prosa, ele sabia ser garboso e gentil.

Descer declive áspero e se apresentar com elegância diante das câmeras sempre fora sua característica.

Agora, porém, chutaram o pobre Jack como limão espremido.

Acertaram pontapé no seu traseiro, depois de o considerarem velho e acabado.

A recusa de que montasse arrasara o cavaleiro.

Ofereceram-lhe função de preparar montarias para que outros brilhassem.

A rejeição abalou Jack de tal forma que ele próprio começou duvidar de sua competência:

- Estarei realmente acabado? Perguntou para seus botões. Afinal, tantos dizem que estou velho?

De repente, como resposta à sua insegurança, fato extraordinário aconteceu.

Montgomery viu, num relance, aquela menina com saia cor de rosa, brincando na carroça em que se atrelara parelha de animais assustados.

De imediato, com sua experiência, percebeu o perigo.

De repente, os cavalos se movimentaram frenéticos e ele viu a criança passar dentro do carro em disparada.

Jack lançou pra fora da cela cavaleiro distraído e tomou posse da montaria.

O carro onde a menina viajava rompeu através do mato de ervas daninhas, levando tudo de roldão.

Com os longos cabelos soltos ao vento, o vestido tremulando como bandeira, a pobrezinha se agarrava ao banco, gritando.

O velho dublê cravou esporas, e, desempenado como flecha, fez o animal voar sobre o terreno acidentado.

Os índios da reserva ficaram pasmos com a imprudência do viajante.

- Deve ter enlouquecido! Exclamou o cacique.

Jack conhecia o abismo logo adiante, com declive abrupto de cento e cinquenta metros.

Montgomery adivinhou o perigo e calculou as dificuldades para alcançar os animais assustados.

Por isso tomou atalho para surpreendê-los antes da borda do precipício.

Jack arriscou utilizar todas as reservas de força e energia do animal que lhe era desconhecido, pois não pertencia à sua cavalariça.

Que fazer, porém, de vez que somente corrida frenética evitaria tragédia?

A visão da menina de saia cor de rosa trazia estímulos e o cavaleiro se concentrava, por inteiro, no propósito de salvá-la.

Ergueu-se da cela até ficar quase na vertical dos estribos, e espicaçou o alazão.

Jack conversava com o animal.

Transmitia-lhe toda força do seu inabalável propósito.

Era preciso chegar no tempo.

- Você é único que tem condições de salvar aquela criança, dizia Jack, como se o cavalo o entendesse.

Este monólogo era velha artimanha de cavaleiro.

Ele aprendera há muitos anos.

Cheio de moral, Jack se aproximou da parelha que carregava a menina.

Estaqueou na horinha certa.

Jack deixou escapar grito selvagem semelhante a miado agressivo de gato pisado, e, num abrir e fechar de olhos cavalgava um dos animais.

Depois de alguns corcovos, animais e cavaleiro foram se ajustando ao ritmo, lentamente, mas com segurança.

Finalmente os dois animais revelaram superação da crise.

Montgomery saltou, e num segundo estava no carro, com as rédeas nas mãos.

A menina da saia cor de rosa desmaiou em seus braços.

No dia seguinte representante da companhia cinematográfica lhe disse que o cargo de dublê fora entregue a outro.

Para os que o conheciam a resposta dele era previsível.

- Muito bem, disse ele. Se a hora de andar a pé chegou, andarei a pé, com dignidade.

Andar a pé significava que Montgomery estava sendo rebaixado.

Exerceria serviços subalternos de tratador nas cavalariças.

Depois da humilhação, ele adestrou dezenas de animais, tornando-os dóceis para aqueles que lhe tiraram o emprego.

Ofereceu tudo o que a sua capacidade e experiência permitiam.

"Andou a pé" com tanta dignidade, que permaneceu mais dez anos no cinema, como auxiliar na retaguarda.

Jack Montgomery exemplificou paciência.

Fiel à sua modéstia e ao seu caráter, ele jamais mencionou o salvamento da menina do vestido cor-de-rosa.

Foi um teste de coragem e habilidade para sexagenário considerado velho demais.

Acima de tudo, porém, este homem se encaixa perfeitamente em nosso tema, quando focalizamos a paciência.

Eu não gosto da palavra resignação.

Parece algo contido, forçado, feito de má vontade.

"Meu jugo é suave" é afirmação de Jesus.

Ter paciência significa aceitação plena da vontade de Deus, porque a vontade de Deus é o nosso bem.

Pode até não parecer, no momento da provação, mas o futuro sempre revelará o benefício.

Neste mundo frenético e agitado em que vivemos, talvez seja difícil falar de paciência.

Já disse alguém com acerto:

"A metade de segundo é aquele espaço de tempo entre a abertura do verde no sinaleiro e a bronca do motorista de trás".

Todos estão nervosos e apressadinhos.

A aflição é o mal do século.

O desempenho em pistas de corrida se mede em décimos de segundos.

É difícil até mesmo ceder lugar diante da porta giratória, porque todos estão apressados.

Enquanto a medicina corre atrás de remédios para muitos males, nós já estamos lá na frente inventando novas maneiras de se afligir.

O mundo se tornou corrida contra o tempo.

- A descida é longa - diz a placa.

Está na hora de diminuir a marcha.

Como criança ofegante e agitada pelos folguedos está na hora do repouso nos braços do Pai.

Louvado seja Deus.












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